SAFRAS (29) – Em El Salvador, três fatores combinados desencadearam a
crise do café, produto que ao longo do tempo gerou fontes de trabalho, divisas
por exportações e posicionamento do país pelos padrões de qualidade.
Até agora, o Governo salvadorenho não tinha comprado fungicidas e
produtos, que ofereceu aos produtores desde fevereiro passado para recuperar os
cafezais que foram destruídos pelo fungo causador da ferrugem do café. No
entanto, o governo agora já conta com os fundos. O fungo destrói as folhas e
evita que o fruto amadureça. Para combatê-lo, usam-se químicos que matam os
fungos ou ao menos evitam que se propaguem.
Os últimos dados da Associação Cafeeira, pela notificação do
Ministério da Agricultura (MAG), informam que a compra de mais de US$ 2
milhões em produtos para dar tratamento aos terrenos será concretizada nos
próximos dias. O MAG tem buscado efetuar a aquisição pelo mecanismo de
leilões eletrônicos da Bolsa de Produtos (BOLPROS).
Os baixos preços internacionais do grão, o ataque da ferrugem no parque
cafeeiro centro-americano que começou em 2012 e os obstáculos que os
produtores salvadorenhos têm para obter créditos têm levado a perdas
milionárias, porque houve um milhão de quintais (sacas de 46 quilos) que não
foram produzidos e comercializados.
Estimativas de El Salvador são de uma colheita em 2013/14 de 554.300 sacas
de 60 quilos, a mais baixa dos últimos 100 anos. A crise do café tem
provocado desemprego e fome no campo. As estimativas das associações de
exportadores são de que, até agora, a perda de empregos supera 150.000. A
reportagem é do La Prensa Gráfica, divulgada pelo CaféPoint.
(CS)
Cotação semanal
Dados referentes a semana 22/11/2024
Suíno Independente kg vivo
R$ 9,53Farelo de soja à vista tonelada
R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 07/11/2024 17:50