Porto Alegre, 27 de maio de 2022 – De sabor inconfundível e aroma sem
igual, o café do Brasil é referência, lidera a produção e a exportação
mundial pela sua qualidade. Para marcar o Dia Nacional do Café e ampliar esse
protagonismo, o Conselho Nacional do Café (CNC) debateu com as outras entidades
que compõem a iniciativa privada do Conselho Deliberativo da Política do
Café (CDPC), produção, indústrias e comércio, em um evento virtual, uma
série de questões relacionadas à sustentabilidade da produção no país, e
as estratégias de atuação do café nos mercados interno e externo. O evento
reuniu lideranças que contribuem diretamente para a imagem do setor.
O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café,
Celírio Inácio da Silva, destacou que o webinar, promovido pela ABIC, teve o
objetivo de conectar todos os elos da cadeia cafeeira do Brasil. O líder falou
da importância de compartilhar conhecimento e experiências para ampliar
mercados e promover a sustentabilidade do grão à xícara. Entre as conquistas
da ABIC, 50 produtos certificados e a adesão ao Pacto Global Rede Brasil, o que
possibilita encorajar associados para as práticas sustentáveis, ir além do
socioambiental e industrial.
O presidente do Conselho Nacional do Café, Silas Brasileiro, elogiou a
iniciativa e traçou uma linha do tempo entre os principais pontos da história
da cafeicultura brasileira. Ele falou de dificuldades já enfrentadas nos
últimos anos, como a extinção do Instituto Brasileiro do Café (IBC), mas
citou também conquistas importantes do setor como a criação CDPC – em
substituição ao IBC e, com forte atuação do CNC junto ao Conselho – e do
Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), linha de crédito que vem dando
suporte para que o setor produtivo continue avançando cada vez mais. O
presidente destacou ainda a importância da atuação em sintonia das entidades
e do setor como um todo para vencer desafios e agregar valor à cadeia Café.
“Se somarmos o café que consumimos em casa e no mercado nosso consumo é
muito forte, graças aos projetos desenvolvidos ao longo dos anos. O café é
uma cultura abençoada. Parabenizo a ABIC pela iniciativa de juntar os elos do
café”, complementou.
Conexão do grão à xícara
Para Aguinaldo José de Lima, diretor de relações institucionais da
Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS) a
sustentabilidade deve ser trabalhada no conjunto, em cadeia, para facilitar o
uso da tecnologia pelo setor. “O solúvel entra neste contexto porque é um
setor líder em produção e exportação desde que chegou ao mercado, temos a
responsabilidade, além da sustentabilidade, de responder às expectativas dos
clientes”, comentou.
Já Marcos Matos, CEO do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil
(Cecafé), ressaltou a importância de se apresentar dados relacionados à
qualidade também ao mercado externo. “O Brasil continua sendo a origem
produtora que entrega na hora certa e com a qualidade que é exigida pelo
mercado. É o setor exportador que precisa comprovar a eficiência da produção
brasileira e essa eficiência engloba a cadeia como um todo”, acrescentou.
Ele mencionou também os resultados do Projeto Carbono, que comprovaram que a
cafeicultura brasileira, no maior país produtor, é carbono negativo, mas que
precisa seguir avançando em termos de práticas sustentáveis.
O coordenador de Produção Agrícola da CNA, Maciel Silva, destacou como
os produtores rurais já utilizam as mais diversas tecnologias para produzir com
sustentabilidade. “Os avanços da cafeicultura são resultados de tecnologia,
do uso da ciência, da pesquisa e da transferência de conhecimento aos
produtores”. Segundo Maciel, os produtores também promovem a sustentabilidade
com o uso eficiente de insumos e dos recursos naturais. “Não há dúvidas de
que a cafeicultura brasileira é a mais sustentável do mundo”, afirmou.
Qualidade: café na vanguarda
Quanto à questão da qualidade do café, Henrique Cambraia, presidente da
Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) também traçou uma linha do
tempo lembrando que desde o início da Associação, em 1991, a sustentabilidade
andou de mãos dadas com a qualidade do café de produtores que buscavam trazer
mais valor agregado para o aumento de lucratividade.
“A qualidade está diretamente ligada à sustentabilidade. Motiva e
promove o orgulho do produtor, do torrador e do consumidor. Traz uma conexão
muito forte da cadeia. De 2000 para cá passou a ser sinérgica junto aos cafés
especiais com código de conduta e certificações, o que contribuiu para
elevar a régua, o nível da qualidade de produção”, comentou. Ele destacou
ainda que os trabalhos em prol da rastreabilidade têm ajudado a colocar a
cafeicultura brasileira em outro patamar.
Projeto Produtor de Água em destaque
O webinar contou ainda com a presença de Silvio Farnese, diretor do
Departamento de Comercialização e Abastecimento do MAPA. Farnese destacou que
o café tem de fato realizado um trabalho muito elaborado entre todos os elos da
cadeia. Hoje o café brasileiro é visto internacionalmente como um case de
sucesso.
“Nós temos muito para mostrar. O café tem um trabalho em elaboração,
de iniciativa do CNC, que é o Café Produtor de Água. Uma ação ambiental
inovadora para a cafeicultura e que vai remunerar o produtor que já é um
defensor do meio ambiente”, destacou. Importante lembrar que o CNC foi um dos
primeiros a falar sobre o assunto. Farnese citou ainda o Projeto Carbono, outra
iniciativa que o CNC faz parte.
Além disso, mencionou a infraestrutura que só é possível graças aos
recursos do Funcafé. “O fundo funciona como um mecanismo de apoio às
questões do ambiental, da sustentabilidade e do social. Hoje são R$ 6 bilhões
disponíveis junto aos agentes financeiros para a safra 2022/2023, sendo 81%
desse montante já aplicado. Em suma, hoje o Brasil do café tem uma estrutura
muito bem orquestrada e precisamos vender essa imagem agro ambientalista para o
mundo”, ressaltou.
Razões de sobra para celebrar
O café é muito mais que uma bebida. Ele carrega história e une pessoas,
sendo a segunda bebida mais consumida no mundo, perdendo apenas para a água. O
Brasil pode e deve se orgulhar de ser conhecido como a Nação do Café!
Hoje a cadeia cafeeira gera 8,4 milhões de empregos diretos e indiretos,
estando presente em 1.983 municípios, nos 16 estados produtores. São 330 mil
produtores de café no Brasil, sendo 78% pequenos produtores rurais.
As informações partem da assessoria de imprensa do CNC.
Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45