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‘-CAFÉ: INCAPER PESQUISA TECNOLOGIA INOVADORA PARA PODA DE ARÁBICA

20 de maio de 2014
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SAFRAS (20) – Uma nova tecnologia de poda do café arábica está sendo
desenvolvida há seis anos pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência
Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria da
Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag). Os resultados de
experimentos em uma propriedade do município capixaba de Baixo Guandu
demonstraram aumento na produtividade em cerca de 35% e aumento do rendimento de
colheita em até 50%.
A partir de agora, serão implantadas por técnicos do Incaper unidades de
observações em cerca de 30 municípios produtores de arábica do Espírito
Santo, visando à validação dessa nova tecnologia, cujos resultados
experimentais a uma altitude de 640 metros demonstraram-se muito satisfatórios.
No entanto, como a altitude dos municípios capixabas produtores de café
arábica varia entre 500 e 1200 metros, é necessário validar essa tecnologia
considerando as especificidades locais.
“O Incaper tem a satisfação de apresentar os resultados parciais de
mais uma ação de pesquisa do Instituto na área de cafeicultura, que irá
beneficiar diversos agricultores familiares capixabas. Por meio da integração
com os extensionistas do Instituto, essa tecnologia será validada em campo, nos
municípios produtores de café arábica. Entendemos que o Incaper está
cumprindo sua missão de promover soluções tecnológicas e sociais por meio de
ações integradas de pesquisa, assistência técnica e extensão rural,
visando ao desenvolvimento do Espírito Santo”, afirmou o diretor-presidente
do Incaper, Maxwel Assis de Souza.

Inovação na poda do café arábica
A pesquisa sobre a Poda Programada do Café Arábica foi desenvolvida por
uma equipe de pesquisadores do Incaper, sob a coordenação de Abraão Carlos
Verdin Filho, lotado na Fazenda Experimental do Incaper de Marilândia. A base
da tecnologia, em linhas gerais, foi adaptar a técnica da Poda Programada de
Ciclo do Café Conilon, que tem sido muito eficiente e aplicada pelos
produtores, para o café arábica.
De acordo com o pesquisador Abraão Carlos Verdin Filho, o trabalho
iniciou-se entre os anos de 2007 e 2008, em Baixo Guandu, quando o produtor
Ademar Luiz Fransskoviak demonstrou bastante interesse pela forma da poda
programada do café conilon e começou a indagar sobre a possibilidade de
aplicar essa mesma forma no café arábica.
“Em 2008, iniciamos o experimento com seis tratamentos de poda nas
lavouras de arábica da propriedade do senhor Ademar. Como a poda no café
conilon pode proporcionar aumento de cerca de 35% na produção de café,
buscamos saber, por meio dessa pesquisa, de que maneira o café arábica se
comportaria diante desse manejo, adaptado a suas peculiaridades. Dessa forma,
levantou-se a seguinte hipótese: será que essa técnica aplicada no conilon
também teria bons resultados no arábica? Foi justamente o que pesquisamos e,
posteriormente comprovamos, após o acompanhamento da lavoura e realização das
avaliações experimentais na propriedade de Baixo Guandu”, informou Verdin.

Resultados alcançados
“Entre os principais resultados obtidos com a Poda Programada do Café
Arábica estão o aumento de produtividade em até 35% e a redução da mão de
obra em até 50% na colheita”, informou o pesquisador Abraão Carlos Verdin
Filho. Ele disse que em um hectare de café arábica no qual se utiliza a poda
tradicional o rendimento da colheita costuma ser de 5 a 7 sacos por dia. Já com
a utilização da Poda Programada, um trabalhador colhe de 12 a 14 sacos
diários.
Além disso, essa tecnologia contribui para a maior uniformidade na
maturação dos frutos, facilita o manejo da poda e o entendimento do
procedimento e diminui a bienalidade, característica do café arábica de
produzir mais em um ano e menos em outro ano, levando assim a uma maior
estabilidade de produção todos os anos.
Outro aspecto importante apresentado por essa tecnologia é a
sustentabilidade ambiental, econômica e social. “Com a aplicação da
técnica a lavoura fica mais limpa e arejada, levando, assim, a menores
incidências de pragas e doenças, como exemplo, a ferrugem. Dessa forma, o
custo de produção é menor. Além disso, existe uma melhoria da qualidade do
café, o que gera mais renda para o produtor rural”, disse Verdin.

Unidades de Observação
Os extensionistas e técnicos do Incaper, que atuam em 30 municípios das
regiões Sul, Serrana e Noroeste do Espírito Santo, irão levar essa nova
tecnologia de poda do café arábica para seus locais de atuação. A proposta
do Instituto é validar essa tecnologia, na prática, por meio de Unidades de
Observação implantadas em propriedades rurais de diversos municípios
capixabas.
Para o extensionista do Incaper do município de Castelo, Marcos Vinco,
essa tecnologia está sendo desenvolvida em um momento importante para os
produtores de café arábica. “Por meio da Poda Programada do Café Arábica,
percebemos que o produtor terá mais ganhos, mais produção e qualidade, o que
contribui para animar os cafeicultores”, falou Marcos. Ele disse que já está
articulando duas Unidades de Observação em Castelo, sendo uma na comunidade
de Caxixe e outra no Córrego da Prata. De acordo com o extensionista, 40% da
produção de café de Castelo é de arábica.
No município de Mantenópolis, cuja produção de arábica gira em torno
de 90% da produção total de café, também está sendo organizada uma Unidade
de Observação na comunidade do Córrego São José. “Essa tecnologia tende a
ser bem aceita pelos produtores, pois ela é viável, facilita a colheita e os
tratos culturais, além de melhorar a produtividade”, afirmou o extensionista
do Incaper em Mantenópolis, Claudinei Sales.
“É necessário que os extensionistas do Incaper validem essa tecnologia
em seus municípios, conforme suas especificidades topográficas, altitudes,
condições climáticas e condições das lavouras em produção e a serem
implantadas. Somente depois dos resultados dessa análise prática e de outros
trabalhos de pesquisa, a Poda Programa do Café Arábica será, de fato,
recomendada aos produtores rurais das diferentes regiões do Espírito Santo”,
afirmou o pesquisador do Incaper e Coordenador do Programa Estadual de
Cafeicultura, Romário Gava Ferrão.
Ele também disse que o café, como muitas outras plantas perenes,
necessita de ser podada com planejamento anual. “Essa tecnologia inovadora,
uma vez validada, irá contribuir muito para o Programa Renovar Café Arábica,
implantado pelo Incaper desde 2008, e para a sustentabilidade da cafeicultura de
Montanhas do Espírito Santo”, finalizou. As informações são do Incaper.

(CS)

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