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‘-CAFÉ: MAIS UM ANO DE RETRAÇÃO NAS VENDAS DE SEMENTES E MUDAS

17 de junho de 2014
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SAFRAS (17) – Mesmo que os preços do café estejam mais elevados neste ano
do que em 2013, os produtores estão mais cautelosos para investir em suas
lavouras, afirmam representantes do segmento. Termômetro dessa postura é o
mercado de sementes e mudas, no qual as empresas estimam mais um ano de vendas
decepcionantes.
Os mais animados dizem que a retração em relação a 2013, que já foi um
ano fraco em algumas regiões, poderá ficar em 25%, mas os pessimistas esperam
recuo de até 90%. O fato é que depois do boom observado em 2011 e 2012,
reflexo das cotações recorde registradas há três anos, esse mercado ainda
terá que esperar um pouco mais por dias melhores.
André Cunha, sócio-diretor da Monte Alegre Sementes, baseada na Alta
Mogiana paulista e com atuação em todas as regiões produtoras do país,
explica que normalmente as encomendas de mudas são feitas até o fim de junho,
já que a produção demora seis meses.
Inicialmente, ele acreditava que a empresa pelo menos manteria o ritmo de
2013, quando as vendas somaram cerca de 3 milhões de mudas e de 7 a 10
toneladas de sementes. Mas a demanda registrada até agora está entre 60% e 70%
do esperado.
É fato que a renovação de cafezais demanda investimentos elevados.
Dependendo da região e do tamanho dos produtores, podem chegar a R$ 10 mil por
hectare. Mas também é verdade que, apesar de os preços do café terem subido
em 2014, muitos produtores negociaram sua safra antecipadamente a cotações
mais baixas que as atuais, o que limita seu poder de compra.
Cunha observa que ainda não é possível avaliar se o clima adverso no
início deste ano, durante o desenvolvimento dos grãos, trará algum problema
na germinação das sementes de café que serão usadas para produzir as mudas a
serem cultivadas no começo de 2015.
Bruno Belmiro, gerente comercial da Valoriza Agronegócio, que atua nas
regiões do Alto Paranaíba e do Triângulo Mineiro, calcula que as vendas da
empresa estão cerca de 25% menores que no ano passado, quando atingiram 3,2
milhões de mudas. Segundo ele, em abril de 2013 a companhia já tinha
comercializado 100% do viveiro. Mas ele ainda acredita em alguma reação nos
próximos meses.
Belmiro avalia que o produtor está descapitalizado e que, diante da grande
especulação sobre a quebra de safra atual, resolveu não renovar suas
plantações para aproveitar os preços mais atrativos. A substituição de
plantas mais velhas por novas causa uma interrupção na produção em parte das
lavouras por um determinado período, embora as plantas jovens sejam mais
produtivas.
Clésio Aparecido Sacoman, do Viveiro Sacoman, que atende regiões
mineiras, como o Cerrado, e Goiás, está entre os otimistas. Ele diz que, neste
ano, suas vendas de mudas poderão até crescer um pouco na comparação com
2013, quando houve recuo de 60% em relação as 6 milhões de unidades
comercializadas em 2012. Sacoman afirma que os cafeicultores estão amedrontados
e que muitos “travaram” o preço do café em patamares de R$ 280 a R$ 290 a
saca para entrega em agosto deste ano, ante os atuais R$ 400 (para o café de
boa qualidade).
Alysson Fagundes, pesquisador da Fundação Procafé, reforça que a
procura por sementes está de fato fraca este ano. A Procafé comercializa
sementes em todo o país, mas tem maior atuação no Sul de Minas, a maior
região produtora. Neste ano, as encomendas não chegaram a 200 quilos, ante uma
média anual que atinge 2 mil.
O atual patamar das cotações do café, elevado por causa da seca que
afetou a produção do país neste ano, poderá levar a mais investimentos nas
lavouras em 2016, conforme Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional de
Café (CNC). Segundo ele, hoje o produtor está aproveitando os preços melhores
para saldar compromissos financeiros.
Celso Vegro, pesquisador do Instituto de Economia Agrícola (IEA), também
estima que não haverá tanta demanda para novos plantios em 2014. No fim de
2011 e no início de 2012, houve incrementos de área de 5 mil hectares na
Mogiana Paulista e de cerca de 25 mil hectares no Sul de Minas, como
consequência dos preços recorde em 2011, lembra Vegro. Para ele, a procura por
mudas deverá aumentar em agosto e setembro. As informações são do Valor
Econômico, divulgadas pelo CaféPoint.

(CS)

Cotação semanal

Dados referentes a semana 22/11/2024

Suíno Independente kg vivo

R$ 9,53

Farelo de soja à vista tonelada

R$ 71,50

Casquinha de soja à vista tonelada

R$ 1.200,00

Milho Saca

R$ 1.975,00
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Preço base - Integração

Atualizado em: 07/11/2024 17:50

AURORA* - base suíno gordo

R$ 6,35

AURORA* - base suíno leitão

R$ 6,45

Cooperativa Majestade*

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base suíno gordo

R$ 6,35

Dália Alimentos* - base leitão

R$ 6,45

Alibem - base creche e term.

R$ 5,55

Alibem - base suíno leitão

R$ 6,30

BRF

R$ 7,05

Estrela Alimentos - creche e term.

R$ 6,10

Estrela Alimentos - base leitão

R$ 6,10

Pamplona* base term.

R$ 6,35

Pamplona* base suíno leitão

R$ 6,45
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