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CAFÉ: Produção familiar de café Conilon cresce em média 30% ao ano no Vale do Rio Doce (MG)

13 de dezembro de 2022
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Porto Alegre, 13 de dezembro de 2022 – Quanta história tem por trás de uma xícara de café?
Se a bebida significa mais energia e conforto para quem a consome, para quem a produz não é
diferente. Café é sinônimo de prosperidade. Minas Gerais é o maior estado produtor do grão do
Brasil. Por aqui, ele é cultivado em diversas regiões, inclusive naquelas menos prováveis, como
no Vale do Rio Doce. Em geral, o café é uma planta de altitudes maiores e climas mais amenos, mas
o tipo Conilon se adaptou muito bem na região, garantindo renda para muitos produtores, que antes
precisavam migrar para conseguir sustentar a família.

Como o senhor Valdeci, que durante muitos anos deixou a mulher e filhos em Água Boa, para
trabalhar na colheita do café Conilon, no estado do Espírito Santo. Nessa lida foi adquirindo
experiência no cultivo, trouxe sementes e começou uma pequena produção ainda na terra do seu
sogro. Em poucos anos investindo na cultura conseguiu comprar seu próprio pedaço de chão e viu a
vida melhorar.

Quando eu mudei pra cá eu não tinha muitas coisas não. Eu morava com meu sogro e saía para o
Espírito Santo pra apanhar café. Trouxe as sementes, eu mesmo fiz minhas mudas, plantei e consegui
comprar minha terra. Eu paguei a terra só com dinheiro de café. Se não fosse o café, eu não
conseguiria. E hoje eu já trabalho pra mim mesmo e as coisas estão muito boas, conta satisfeito.

Assim como Valdeci, vários agricultores familiares dos municípios de Água Boa, José Raydan,
Santa Maria do Suaçuí, São José do Jacuri e São Pedro do Suaçuí, no Vale do Rio Doce, viram
no café Conilon uma ótima oportunidade. Tanto que, de 2017 para cá, segundo dados da Emater-MG, a
produção do grão na região cresceu cerca de 30% ao ano.

Em 2017, esses municípios tinham juntos 62 agricultores familiares na atividade, hoje já são
93, além de 5 produtores de maior porte, que também entraram no ramo. A área plantada saltou de
135 hectares para 380, e a produção saiu de 3, 6 mil sacas para 9,2 mil ao ano. Volume ainda muito
baixo para atender a demanda da região. Conforme a Emater, em Capelinha, que está próxima desses
municípios produtores de Conilon, a demanda das seis torrefadoras que operam na cidade é de 4 mil
sacas deste tipo de grão ao mês. Ou seja, ainda há muito mercado para explorar, o que deve
incentivar mais produtores a investir na atividade.

Há uma tendência de aumentar principalmente o número de pequenos agricultores e não de
aumentar expressivamente a área com grandes produtores, comenta o extensionista da Emater-MG, em
Água Boa, Luiz Antônio Borges. Segundo ele, as áreas plantadas são, em média, de 2 a 3
hectares. Nesses espaços os produtores conseguem conduzir tranquilamente as lavouras, com custo de
produção menor que o café Arábica, por exemplo, e assim sustentar a família. Eu recomendo que
eles se dediquem ao café Conilon, diz.

Produzindo assim, em pequenos espaços, Edivano Batista Machado está satisfeito com os
resultados do Conilon. Conta que em apenas meio hectare conseguiu uma alta produtividade, que na
última safra lhe rendeu aproximadamente 70% de lucro.

Quem quiser plantar e cuidar dá lucro mesmo. Meu lucro aqui foi de 70%, de cada 100 reais
sobrou 70 pra mim e não é fácil sobrar 70. Trabalho de tardinha, até de noite com prazer, porque
é muito bom trabalhar e ver o resultado. E sempre tem a expectativa de todo ano colher ainda mais.
Posso reclamar não, depois que passei a mexer com café foi só melhora, diz satisfeito.

Incentivo e qualidade

A Emater-MG tem incentivado o cultivo do Conilon na região, promovendo Dias de Campo, prestando
assistência técnica direta aos produtores. Segundo o coordenador técnico da empresa, José Mauro
de Azevedo, o Conilon é uma espécie de café mais rústica, por isso mais resistente a pragas e
doenças, além de se comportar bem mesmo com o déficit hídrico. Esta região não está no
semiárido, mas infelizmente, nos últimos anos, tem sofrido com a falta de chuvas. Sem contar que o
Conilon é uma lavoura de manejo mais simples e bem-adaptada à produção em pequenas áreas,
explica.

E os produtores da região não estão preocupados apenas com a quantidade de café que
produzem, mas também com a qualidade. Com uma pós-colheita caprichosa, o produtor Adílson Melo
conseguiu atingir 85 pontos no seu café, no último concurso regional de qualidade do grão.
Trabalhando com a família, pretende deixar esse legado para os filhos.

O meu sonho aqui não é só fazer um café bom, que eu possa vender a mil, cinco mil reais. Meu
interesse maior é ver meus filhos que estão aí crescendo, meus sucessores, darem continuidade,
finaliza.

As informações partem da assessoria de imprensa da Emater-MG

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) – Agência SAFRAS

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