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‘-CAFÉ: PROJETO GENOMA NA COLÔMBIA AUXILIA A ENFRENTAR MUDANÇAS CLIMÁTICAS

21 de maio de 2014
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SAFRAS (21) – O conhecimento do genoma do café é uma ferramenta
fundamental para o desenvolvimento de variedades resistentes a pragas, melhor
adaptadas climaticamente, para aumentar a produção e a produtividade, entre
outros benefícios.
Por quase uma década, o Centro Nacional de Pesquisa do Café (Cenicafé)
da Colômbia, uma entidade pioneira em pesquisa com café, começou a estudar o
genoma do café com suporte do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento
Rural (MARD).
Essa pesquisa de ponta, que poderia soar como uma questão não totalmente
aplicável na Colômbia, é certamente uma das principais ferramentas com a qual
o país enfrentará os desafios associados com a mudança climática e a
competitividade das colheitas de café.
Agora, o que é o genoma? É uma série de instruções ou códigos para
construir e operar um organismo vivo. Por analogia, o genoma é a biblioteca que
armazena informações na célula. Essas informações, ao invés de estarem
agrupadas em livros, são organizadas em cromossomos. No caso do genoma a
informação é codificada na molécula de DNA, em unidades mínimas chamadas
genes.
Entender como os genes funcionam, quando eles são ativados e quais os
benefícios que podem trazer é essencial para conhecer a operação da planta,
seus ciclos de floração, produtividade e resistência a doenças, entre outros
atributos. Assim, com essa informação, o desenvolvimento de novas variedades
é feito com informação completa, economizando anos de pesquisa, experimentos
e erros.
Ao incorporar as informações e metodologias obtidas através do projeto
genoma como ferramentas de rotina nos processos de pesquisa da Cenicafé, foi
dado um grande salto em eficiência. No momento, existem dados de trabalho e
avaliações no campo ou no laboratório e trabalhos mais avançados que usam
essas informações.
Esse conhecimento também tem ajudado a desenvolver propostas de pesquisa
para chamadas externas que, depois de serem aprovados, permitiram recursos de
financiadores externos, para dar continuidade a questões específicas onde o
interesse dos financiadores coincidiu com os objetivos das linhas da Cenicafé
de pesquisa. Em outras palavras, as capacidades desenvolvidas nesse projeto
também ajudaram a atrair novos recursos para pesquisa no Cenicafé.
O conhecimento do mapa genético do café arábica, isto é, a descrição
da localização dos genes nos cromossomos do café, é certamente de suma
importância para o Programa de Melhoramento Genético do Café na Colômbia, à
medida que permitir identificar quais genes são responsáveis por
características de interesse no campo, como produção ou resistência a
doenças, e economizar custos nos processos de seleção para uma nova
variedade.
Esse tipo de mapa não existia para espécies de café arábica e o projeto
gerou a primeira descrição da estrutura dos cromossomos, com mais de quatro
mil marcadores moleculares com os quais a Cenicafé avaliou as populações de
cafezais no campo.
No curso desse trabalho, 95% dos genes do café foram identificados e 90%
dos genes da ferrugem foram adequadamente descritos, bem como para a broca do
café e de controle do fungo Beauveria bassiana (90%). O projeto também
alcançou a caracterização no componente molecular das acessões da Coleção
de Café Colombiano ou Banco de Germoplasma (80%) e identificou 70% de genes de
resistência para a broca do café e a ferrugem, entre outros importantes
resultados. Isso é certamente uma informação valiosa atualmente usada em
muitos projetos de pesquisa e disciplinas do Centro.
Outra das principais lições de se trabalhar com esse tipo de tecnologia
é a necessidade de concentrar esforços no entendimento e interpretação de
informações que surgem de um projeto grande como esse em questões que se
aplicam e beneficiam uma realidade como a de produção de café da Colômbia.
Por essa razão, no componente técnico, os objetivos do projeto sempre têm
sido alinhados com metas de pesquisa de longo prazo da Cenicafé e dos
produtores de café colombianos, incluindo adaptação à variabilidade
climática e aumentou da produção e produtividade em áreas especificas, como
exploração de coleta de germoplasma e desenvolvimento de variedades, controle
de pragas e doenças, diferenciação por qualidade e entendimento das
principais características da planta, como floração, nutrição e qualidade.
“O projeto genoma se tornou um dos principais apoiadores para pesquisa e
novos desenvolvimentos da Cenicafé. É a base de conhecimento que estamos
usando para resolver os principais desafios dos cafeicultores colombianos”,
explicou o diretor da Cenicafé, Fernando Gast. “Definitivamente o projeto tem
sido um dos melhores investimentos feitos na Colômbia, não somente para
liderar essa área em todo o mundo, mas para treinar nossa próxima geração de
cientistas em tecnologias de ponta”. As informações são do Colombian
Coffee Insider, divulgadas pelo CaféPoint.

(CS)

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