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‘-CAFÉ: VOLUME DE EXPORTAÇÕES DO PERU SERÁ O MAIS BAIXO DOS ÚLTIMOS 6 ANOS

9 de outubro de 2014
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Porto Alegre, 09 de outubro de 2014 – O volume de exportações de café do
Peru entre janeiro e agosto registrou uma queda de 20,54% ao passar de 1,82
milhão de sacas de 60 quilos nos primeiros oito meses de 2013 para 1,45 milhão
de sacas nesse ano, informou a Junta Nacional de Café (JNC). “Essa redução
leva à previsão de que, até o fim do ano, as exportações chegarão a
apenas 3,14 milhões de sacas, comparado com 3,93 milhões de sacas registradas
em dezembro de 2014”.

Quanto ao valor exportado, foi de US$ 313 milhões entre janeiro e agosto,
representando queda de 5,68% comparado com US$ 332 milhões registrados no mesmo
período de 2013. Isso significa US$ 18,88 milhões a menos nesse período.

Segundo relatos da Superintendência Nacional de Aduanas e da
Administração Tributária (Sunat), o menor volume exportado foi compensado por
um preço alto no mercado internacional, que foi de US$ 34 por saca.

Com relação a isso, o presidente da JNC, Anner Román disse que, assim
como vão as coisas, as perspectivas até dezembro são otimistas, pois o volume
de exportações alcançaria somente 3,14 milhões de sacas, resultado menor
que as vendas de 2009, que foram as mais baixas dos últimos 6 anos.

No entanto, disse que o valor das exportações será de cerca de US$ 730
milhões, ou seja, quase 5% a mais que em 2013, quando foram de US$ 692
milhões. Isso devido ao aumento no preço do café no mercado internacional.

Ele disse que a colheita desse ano chegará apenas a 3,22 milhões de
sacas, não somente pelas sequelas da mudança climática que fez surgir a
ferrugem amarela, mas também pela ausência de uma política de promoção
efetiva da cafeicultura.

“Os produtores estão muito preocupados com essa situação. Reunimo-nos
para avaliar o problema pelo que atravessamos e que limita o desenvolvimento da
cafeicultura peruana apesar de ter um café de qualidade. Estamos demandando ao
governo que declare o cultivo na emergência, dessa vez, não pela questão
sanitária, mas sim, pelos problemas estruturais que passamos, que implica em
uma política urgente de renovação, financiamento técnico e acesso a
créditos”. A reportagem é do site peruano Gestion, divulgada pelo
CaféPoint.

Revisão: Cândida Schaedler / Agência SAFRAS

Copyright 2014 – Grupo CMA

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