CÂMBIO: Com aumento dos juros nos EUA e pressão inflacionária, dólar sobe

Porto Alegre, 07 de abril de 2022 – O dólar opera em alta, com direção
definida. A moeda reflete o temor inflacionário, tanto doméstico quanto local,
além do aumento iminente dos juros tanto nos Estado Unidos quanto na Europa.

Segundo fonte ouvida pela CMA, “o Brasil não tem fundamento para o dólar a
R$ 4,50, nem R$ 4,60. Os exageros estão sendo corrigidos, e a cotação deve
ficar em torno de R$ 4,80, o que já é surpreendente”.

A fonte ainda diz que à medida que os bancos centrais começarem a aumentar
os juros, o real tende a perder força gradativamente, que também demonstra
preocupação com a pressão inflacionária e as isenções fiscais em ano de
eleição.

Para o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, “o mercado ainda
está respondendo ao Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), é
um movimento normal. O cenário, porém, ainda não mudou”.

Vieira acredita que a bolsa brasileira continua atrativa, além dos
altíssimos juros, e observa: “O Fed deveria ser mais hawkish (duro), ainda há
um espaço grande a ser preenchido. Ele está atrás da curva faz tempo”.

De acordo com o boletim matinal da Ajax Capital, o “ambiente externo
positivo, além das indicações dos nomes para Petrobras – que serão bem
recebidos – devem contribuir para a recuperação dos ativos domésticos”.

O Fed confirmou que irá subir os juros em 0,5% a partir da próxima reunião
do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), em maio,
além de ter novamente demonstrado preocupação com a inflação global,
agravada pelo conflito na Ucrânia.

Há pouco, o dólar comercial subia 0,80%, cotado a R$ 4,7350 para venda. No
mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em maio de
2022 avançava 0,58%, cotado a R$ 4.779,50.

Com informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2022 – Grupo CMA