CÂMBIO: Dados EUA ainda influenciam; divisão em base do governo pressiona

Porto Alegre, 5 de setembro de 2016 – O mercado de câmbio deve apresentar
instabilidade no primeiro pregão da semana, diante do mercado externo com
ventos favoráveis, com expectativa de postergação de alta de juros nos
Estados Unidos e commodities em alta, enquanto que, no mercado interno,
permanece a apreensão com o cenário político.

O presidente Michel Temer retorna da China e as discussões de possível
“racha” na base do governo continuam. Em entrevista, o presidente afirmou que
“discutir a relação” é o que ele mais tem feito com aliados políticos.

“O cenário político volta à cena, o pós-impeachment, com vários
recursos no STF [Supremo Tribunal Federal], a divisão da base governista e os
protestos que levaram milhares de pessoas às ruas ontem pedindo novas
eleições deixam claro que a crise política ainda não acabou”, disse o
operador de câmbio da Correparti Corretora, Guilherme França Esquelbek,
destacando que é esperada instabilidade no pregão.

No mercado externo, a equipe da Guide Corretora destaca os dados abaixo do
esperado do mercado de trabalho dos Estados Unidos ainda pressionam a cotação
da moeda que perde valor ante as principais divisas. Por volta das 9h30 (de
Brasília), o dólar comercial subia 0,24%, cotado a R$ 3,2610 na venda,
enquanto, no mercado futuro, a moeda com vencimento em outubro subia 0,06%, a R$
3.286,000. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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