CÂMBIO: Debandada da equipe econômica e rombo fiscal fortalecem dólar

Porto Alegre, 22 de outubro de 2021 – Ainda na esteira do furacão que foi
a quinta-feira, o dólar opera em alta. Ontem, após o término da sessão, o
secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, o secretário do
Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, entre outros membros do time do ministro
Paulo Guedes, pediram demissão. Somado ao estouro do teto fiscal, isso
continua a enfraquecer o real.

Por volta das 9h43 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,49%,
cotado a R$ 5,6950 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em novembro de 2021 avançava 0,58%, cotado a R$
5.699,50.

De acordo com o analista da Top Gain, Leonardo Santana, “não fosse a
saída do Funchal e Bittencourt, existiria um espaço para a correção do
dólar. O mercado ainda deve estressar pela manhã, mas acho que não durante o
dia todo”. O analista acredita que o Banco Central (BC) vai agir, fazendo novos
leilões de swap, quando o dólar atingir R$ 5,80.

Santana é enfático em relação ao furo do teto: “Não tem como ser
visto de maneira positiva. O que adianta ter um teto de gastos se ele não é
cumprido? Isso é populismo, não tem como ficar otimista. Estamos afundando”,
sentencia.

Além disso, a preocupação com o próximo ano só aumenta: “Como vamos
chegar em 2022? Vamos gerar empregos suficientes para segurar a inflação?”,
questiona Santana. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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