Porto Alegre 18 de abril de 2019 – O dólar comercial opera com ligeira
queda frente ao real, desde a abertura dos negócios, na contramão do exterior,
reagindo ao anúncio da Petrobras em relação ao preço do diesel, mas
analistas alertam para o risco de uma paralisação dos caminhoneiros em
retaliação ao aumento e a questão indefinida quanto a tabela do frete. Apesar
do viés de alta, a cautela pode ganhar força ao longo do pregão na véspera
de feriado.
Às 9h41 (de Brasília), a moeda estrangeira operava em queda de 0,12%,
negociada a R$ 3,9300 para venda, depois de oscilar na mínima de R$ 3,9230
(-0,30%) e máxima de R$ 3,9360 (+0,02%). O contrato futuro para maio caía
0,15%, a R$ 3,9330. Lá fora, o Dollar Index subia 0,33%, aos 97,327 pontos.
Entre as moedas de países emergentes, a maioria opera em queda frente ao
dólar, destaque para a lira turca que tem mais de 1% de perdas.
Enquanto o dólar tem alta firme no exterior, aqui, os ativos podem
encontrar “alguma dose” de resiliência após a decisão da Petrobras que
anunciou, ontem, o aumento de R$ 0,10 por litro do diesel nas refinarias, alta
de 4,84%, avalia a equipe econômica da H.Commcor. “No outro lado desse
reajuste, cresce o risco com uma possível greve dos caminhoneiros”, pondera um
analista de câmbio de uma corretora nacional.
Lembrando que na semana passada, a petrolífera havia anunciado reajuste de
5,7%, porém, foi “barrado” pelo presidente Jair Bolsonaro, o que provocou
forte estresse no mercado doméstico. Em meio ao anúncio de reajuste, a
Petrobras esclareceu que o governo não interfere na política de preços.
“O presidente Bolsonaro não me pediu nada, ele me alertou para os riscos
de uma greve dos caminhoneiros. Ele estava de olho nesse movimento [de greve] e
me alertou para os riscos. O governo é liberal e é contra a interferência na
empresa”, disse o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.
Na véspera do feriado, os analistas reforçam que o ambiente de cautela
pode ganhar força ao longo do pregão com investidores se protegendo também
dos desdobramentos em torno da reforma da Previdência previsto para voltar a
ser discutido na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) na
Câmara dos Deputados na terça-feira. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 16/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.250,00Milho Saca
R$ 71,00Preço base - Integração
Atualizado em: 15/05/2025 09:30