CÂMBIO: Dólar abre de lado com reação do petróleo e relatório de inflação

Porto Alegre, 22 de junho de 2017 – A moeda norte-americana iniciou a
sessão praticamente estável em resposta aos sinais de recuperação nas
cotações do petróleo e indicativos de queda nos preços nacionais trazidos
pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que permitem continuidade no
corte da Selic (taxa básica de juros). Porém, o cenário político faz com que
os investidores sigam com cautela nas operações.

Às 10h02 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,15%, a R$
3,3380. No mercado futuro, os contratos com vencimento para julho tinham leve
alta de 0,04%, a R$ 3.345,5. Ainda nesta manhã, o Banco Central (BC) deve rolar
8.200 contratos de swap cambial tradicional que vencem no mês que vem.

Sobre o RTI, os analistas da H.Commcor destacaram, em relatório, que
considerando o cenário de mercado, o IPCA 2017 teve previsão reduzida de 4%
para 3,8%, enquanto o IPCA 2018 ficou com as apostas mantidas em 4,5%,
ressaltando que “o comportamento dos preços continua favorável à queda da
inflação (baixa atividade em foco)”, diz a análise. Além disso, o BC
reafirmou que avalia uma redução moderada na Selic, em linha com as apostas
majoritárias de um corte de 75 pontos base em julho.

No front político, as atenções se voltam para a sequência no julgamento
do Supremo Tribunal Federal (STF) que discute a validade no acordo estabelecido
entre a Procuradoria-Geral da República (PGR) e os controladores da JBS, assim
como a permanência do ministro Edson Fachin na relatoria da Operação Lava
Jato, referente ao processo que investiga o dono da JBS, Joesley Batista.

Neste contexto, “tudo indica que os agentes terão cautela nos negócios,
mantendo e até reforçando as posições defensivas em dólares, pelo menos
até o novo teste do governo Michel Temer nas sessões da Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) do Senado que discute a reforma Trabalhista”,
afirma o analista da Correparti, Ricardo Gomes da Silva.

Lá fora, o petróleo ensaia uma recuperação nas cotações e começou o
dia em alta, mas o baixo patamar de preços preocupa o mercado e pode afetar
negativamente as moedas emergentes. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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