CÂMBIO: Dólar abre em alta, a R$ 3,90, reagindo à dados negativos na China

Porto Alegre, 14 de dezembro de 2018 – O dólar comercial abriu em alta em
relação ao real, acima do nível de R$ 3,90, em dia negativo para as economias
de países emergentes. Os dados de atividade da China vieram abaixo do
esperado, provocando mau humor nos investidores ao reforçarem a percepção de
desaceleração da segunda maior economia global. No campo das emergentes, o
banco central da Rússia aumentou a taxa básica de juros.

Às 9h51 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha alta de 0,56%,
cotada a R$ 3,9030 para venda, depois de chegar à máxima de R$ 3,9180
(+0,95%). No mercado futuro, o contrato para janeiro subia 0,24%, a R$ 3,903.
Lá fora, o Dollar Index sobe 0,50%, aos 97,553 pontos. Com as principais moedas
emergentes pressionadas, o destaque fica para a alta de mais de 1% do rand
sul-africano.

Na China, a produção industrial cresceu 5,4%, abaixo da estimativa de
+5,9%, enquanto as vendas do varejo fecharam novembro em alta de 8,6%, ante
expectativa de +8,8%. “A China apresentou sinais de fragilidade econômica
inesperados ao registrar dados mais fracos que o esperado”, avalia a equipe
econômica da H.Commcor.

“Somado a isso, os resultados das exportações e importações também
indicam um menor ritmo de crescimento à frente. Dessa forma, nossa avaliação
é de que os desafios para a economia chinesa seguem elevados, o que deve exigir
mais estímulos nos próximos meses, para garantir a estabilidade”,
acrescentam os analistas do Bradesco.

O banco central da Rússia anunciou há pouco a elevação da taxa básica
de juros em 0,25 ponto percentual (pp), para 7,75% ao ano para “limitar os
riscos de inflação, que continuam elevados, especialmente no horizonte de
curto prazo”, disse a instituição em comunicado.

Aqui, em dia sem indicadores relevantes, o destaque fica para a aprovação
da proposta orçamentária de 2019, ontem, pela Comissão Mista de Orçamento.
O próximo passo é ser aprovada no Congresso e pode ocorrer na próxima semana.
O primeiro orçamento do futuro presidente Jair Bolsonaro prevê a fixação do
salário mínimo em R$ 1.006 e aumento de investimentos.

Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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