Porto Alegre, 18 de junho de 2018 – O dólar inicia a semana operando em
alta acompanhando o mercado externo, onde prevalece à preocupação com a
tensão comercial entre Estados Unidos e China, que se intensifica após os
países anunciarem sobretaxas de importação a produtos de ambos. Por aqui, os
investidores ficam à espera dos próximos passos do Banco Central (BC) quanto
à atuação no mercado cambial e na decisão da taxa básica de juros (Selic).
Às 10h05 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,50%, cotado a R$
3,7490 para venda, enquanto no mercado futuro, o contrato para junho operava em
alta de 0,58%, cotada a R$ 3,757. Lá fora, o Dollar Index operava praticamente
estável (-0,02%), ao redor de 94.770 pontos.
Entre os gigantes da economia, os Estados Unidos anunciaram uma lista com
1.102 itens de produtos chineses, avaliados em cerca de US$ 50 bilhões, aos
quais serão aplicadas sobretaxas de importação. Por outro lado, a China
aplicará tarifas de 25% a 545 produtos importados dos Estados Unidos a partir
de julho, além de impor tarifas sobre outros 114 bens norte-americanos em uma
data futura, incluindo itens químicos, médicos e de energia.
“Cenário que alimenta a aversão ao risco e gera preocupações com a
escalada desses conflitos comerciais entre os países”, diz o economista-chefe
da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, em comentário matinal.
No cenário doméstico, a expectativa dos investidores fica com a reunião
do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC que se reúne amanhã e na
quarta-feira para decidir se mantém a taxa Selic em 6,50% ao ano (aa), como
aposta o mercado, ou se surpreende com a primeira elevação da taxa desde 2016.
Em relatório, a H.Commcor ressalta que o mercado ainda aguarda pelo
“arsenal de swaps cambiais tradicionais” do BC. A equipe reforça que a sede
do mercado pelo volume de US$ 10 bilhões em novos contratos ao longo desta
semana, com “prometeu” o BC na última semana, podendo ser ajustado para mais
ou para menos esse montante.
Para o economista-chefe da Spinelli, André Perfeito, o mercado projeta o
dólar ao fim deste ano em 3,63%, com bons motivos para crer que poderá ficar
acima dos R$ 4. “Sabemos bem que o BC não terá munição para segurar a moeda
[estrangeira], especialmente se as tensões tarifárias continuarem. E o pior
do cenário doméstico ainda nem chegou, com o período eleitoral tendendo a ser
particularmente tenso”. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 06/05/2025 09:25