CÂMBIO: Dólar abre em alta com recuperação no exterior e dados nos EUA

Porto Alegre, 11 de abril de 2019 – O dólar comercial opera com ganhos
frente ao real se recuperando das perdas na véspera e ainda e seguindo o
comportamento da moeda no exterior, onde o ambiente é mais pessimista após
avisos dos riscos de desaceleração mais forte da economia global. O índice de
preços ao produtor dos Estados Unidos acima do esperado corrobora para a
pressão altista da moeda estrangeira.

Às 10h05 (de Brasília), a moeda norte-americana subia 0,39% no mercado à
vista, negociada a R$ 3,8400 para venda, enquanto o contrato futuro para maio
avançava 0,33%, a R$ 3,8440. Lá fora, o Dollar Index operava em alta de 0,15%,
aos 97,089 pontos, ganhando terreno frente às principais moedas pares e de
países emergentes, com destaque para as quedas ao redor de 1% da lira turca.

O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) nos Estados
Unidos em março teve alta de 0,6% ante fevereiro, enquanto o mercado previa
alta de 0,3%. “A inflação mais forte lá diminui, e muito, as chances de uma
eventual e esperada baixa de juros nos Estados Unidos pelos países emergentes.
A correção do dólar ganha suporte com esses dados”, comenta o diretor da
corretora Mirae Asset, Pablo Spyer.

Ainda lá fora, a desaceleração da economia global apontada nesta semana
pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que revisou para baixo as expectativas
de crescimento econômico para este ano, tendo suporte de bancos centrais.

Para o operador de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes Filho, a leitura da
ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e o discurso do
presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, “evidenciaram”
novamente tais preocupações.

“Nesse contexto, as indefinições do Brexit [acordo de saída do Reino
Unido da União Europeia], da relação comercial entre Estados Unidos e China e
agora, entre o governo norte-americano e a União europeia, com a ameaça de o
país impor novas tarifas ao bloco, dão suporte a esse cenário de
pessimismo”, comenta. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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