CÂMBIO: Dólar abre em alta em semana de feriados e de olho no novo governo

Porto Alegre, 12 de novembro de 2018 – O dólar comercial abriu em alta em
relação ao real em semana de liquidez reduzida já que hoje é feriado nos
Estados Unidos, mesmo com os mercados funcionando normalmente. Na quinta-feira,
o feriado é local e pode respingar no volume de negócios também na
sexta-feira. Investidores seguem atentos ao exterior e aqui, acompanham a
articulação política do futuro governo e novos nomes da equipe.

Às 9h59 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha alta de 0,24%,
cotada a R$ 3,7460 para venda, depois de oscilar entre mínima de R$ 3,7380
(+0,02%) e máxima de R$ 3,7560 (+0,51%). No mercado futuro, o contrato para
dezembro subia 0,28%, ao redor de R$ 3,75. Lá fora, o Dollar Index subia 0,58%,
perto dos 96,500 pontos.

Os economistas da Capital Markets comentam que, lá fora, o dólar opera
mais forte em meio a apostas na continuidade da alta gradual de juros nos
Estados Unidos, e aguardam os dados de outubro do índice de preços ao
consumidor e de um discurso do presidente do Fed (Federal Reserve, o banco
central norte-americana), Jerome Powell, ambos na quarta-feira.

Aqui, equipe econômica da H.Commcor avalia que é interessante observar um
eventual rompimento do nível de R$ 3,75, o qual pode alimentar nova pressão
rumo aos R$ 3,80, patamar que tem concentrado “fluxo vendedor em meio a lua de
mel pós-eleitoral”.

Os analistas reforçam que o mercado segue observando a composição da
equipe do governo de Jair Bolsonaro. Ontem, jornais publicaram que o ex-ministro
da Fazenda no governo de Dilma Rousseff, Joaquim Levy, deve ser confirmado como
presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Porém, a equipe de Paulo Guedes (futuro ministro da Economia) não confirma.

Também fica no radar do mercado doméstico a delicada conjuntura em termos
da reforma da Previdência, a qual parece caminhar para o próximo ano, diz a
equipe da H.Commcor. “Alimenta cautela em alguns e otimismo em outros, dado que
o eventual texto do novo governo promete ser de uma reforma mais eficiente do
que o texto atual”, avaliam. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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