CÂMBIO: Dólar abre em queda com mais atuação do BC e de olho no exterior

Porto Alegre, 28 de novembro de 2018 – O dólar comercial abriu a sessão
em queda reagindo a mais uma atuação do Banco Central (BC) hoje com a
realização de leilão de dólar com compromisso de recompra – leilão de linha
– de até US$ 1 bilhão e que deverá ser realizado em duas etapas. No
exterior, o dia é mais positivo com investidores tomando risco à espera de
dados da economia dos Estados Unidos no trimestre anterior e do discurso do
presidente do Fed.

Às 10h03 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha queda de 0,20%,
cotada a R$ 3,8680 para venda, depois de oscilar entre mínima de R$ 3,8560
(-0,51%) e máxima de R$ 3,8840 (+0,20%). No mercado futuro, o contrato para
dezembro caía 0,27%, a R$ 3,866. Lá fora, o Dollar Index operava praticamente
estável (-0,02%), aos 97,351 pontos.

A nova atuação do BC, com leilão de linha, acaba unindo o “útil ao
agradável”, segundo os analistas da corretora H.Commcor. “Sendo o útil a
oferta de liquidez após indícios da falta dessa, enquanto o agradável para o
BC é a continuidade da sinalização de vigilância da autoridade para
eventuais excessos no mercado”, comentam.

Porém, os analistas alertam que o movimento de alta forte (acima dos R$
3,90) pode ter motivos para voltar à cena em caso de dados “animadores” do
Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no terceiro trimestre, em que a
revisão dos números sai hoje, ou também pelos comentários de Jerome Powell,
presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), caso
alimentem a atual leitura de normalização de política monetária.

Além dos eventos de hoje, investidores depositam renovadas esperanças no
encontro que os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi
Jinping, terão no sábado durante o encontro do G-20, na Argentina, para
discutir suas divergências comerciais.

“A expectativa é de que os dois líderes busquem superar diferenças no
âmbito comercial”, diz o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton
Rosa. Trump, porém, diz estar preparado tanto para negócios quanto para
aplicar as tarifas que vem prometendo na virada do ano. Com informações da
Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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