Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2015 – O dólar comercial opera em leve
alta ante o real, acompanhando o movimento externo de valorização da divisa
norte-americana em relação a outras moedas globais, apesar de os dados do
mercado imobiliário e da produção industrial dos Estados Unidos ficarem
abaixo do esperado pelo mercado.
A produção industrial nos Estados Unidos subiu 0,2% em janeiro na
comparação com o mês anterior e a utilização da capacidade instalada da
indústria ficou em 79,4%. Analistas esperavam alta de 0,4% na produção e
aumento para 79,9% na capacidade utilizada.
As construções de moradias nos Estados Unidos caíram 2% em janeiro na
comparação mensal, para 1,065 milhão de unidades, pela taxa anualizada, ante
1,087 milhão (dados revisados) em dezembro; economistas previam que as
construções de imóveis caíssem para a 1,070 milhão de unidades em janeiro.
Para Luciano Rostagno, estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil,
fatores climáticos explicam o desempenho abaixo do esperado desses indicadores.
“É difícil analisar esses indicadores, já que estão sendo influenciados
pelas fortes nevascas na região Nordeste dos Estados Unidos”, afirma.
Segundo Rostagno, o mercado interpreta que o Federal Reserve (Fed, o banco
central norte-americano) deverá olhar mais para os dados de emprego para se
posicionar quanto a uma eventual mudança na política de juros do País. “O
Fed deve esperar por novos dados de atividade para aferir se, de fato, os
efeitos climáticos afetaram negativamente os dados atuais”.
Já João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti
Corretora, afirma em nota que os investidores acompanham de perto a situação
da Grécia, “que deve solicitar um pedido de extensão do programa de ajuda ao
País por mais quatro a seis meses”.
Por volta de 13h45 no horário de Brasília, o dólar comercial operava em
alta de 0,24%, cotado a R$ 2,8400 para venda. O contrato com vencimento em
março subia 0,15%, a R$ 2.849,00.
Em relação às taxas de Depósito Interfinanceiro (DI), que em sua
maioria operam em alta, Rostagno destaca que também são influenciadas pelo
movimento no exterior, seguindo o câmbio.
Além disso, o estrategista-chefe do Banco Mizuho do Brasil também destaca
que as preocupações com um eventual downgrade da nota do Brasil influenciam
na elevação das taxas de juros. “A preocupação ajuda a adicionar prêmio à
curva de juros”, diz.
Nesse contexto, a taxa do DI para janeiro de 2017 recuava de 13,10% para
13,07% e a taxa do contrato para janeiro de 2016 caía de 13,19% para 13,14%. As
informações são da Agência CMA.
Revisão: Cândida Schaedler / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45