CÂMBIO: Dólar amplia queda após PIB subir 1% e vir acima das expectativas

Porto Alegre, 1 de junho de 2017 – O dólar comercial abriu com viés de
baixa ante o real, contrariando o movimento exercido lá fora diante das moedas
emergentes. Aqui, a moeda foi pressionada pela elevação de 1% no Produto
Interno Bruto (PIB) nacional do primeiro trimestre do ano, comparado aos três
meses anteriores – acima das expectativas do mercado, que projetavam alta de
0,9%.

Há pouco, a moeda norte-americana recuava 0,49%, cotada a R$ 3,2210 na
venda, em linha com os contratos futuros com vencimento para julho, que tinham
queda de 0,20%, a R$ 3.243,0. O dólar já atingiu a máxima de R$ 3,2340
(-0,09%) e a mínima de 3,2160 (-0,64%).

O resultado do PIB deu um primeiro sinal de recuperação da economia. No
entanto, “estamos ainda totalmente inseridos no contexto de recessão
(necessitam-se três resultados consecutivos de PIB positivo para se confirmar
uma tendência), assim, mesmo que o governo cante vitória, ela continua inócua
em vista aos problemas contínuos”, alerta o economista-chefe da Infinity
Asset, Jason Vieira.

Para o analista de câmbio da Correparti, Ricardo Gomes da Silva, o
ambiente político menos pressionado abre espaço para a redução de posições
protecionistas em dólares de parte dos agentes financeiros, resultando na
desvalorização da moeda estrangeira ante o real. Segundo ele, este movimento
deverá ser mantido ao longo da sessão de hoje.

Vale destacar também que ontem o Comitê de Política Monetária (Copom)
decidiu pela redução de 1 ponto percentual (pp) na Selic (taxa básica de
juros), para 10,25%, mas sinalizou que a política monetária de cortes virá
menos agressiva a partir de julho, em função das incertezas sobre o cenário
de crise política no País e a continuidade das reformas propostas pelo
governo. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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