CÂMBIO: Dólar cai após absolvição da chapa Dilma-Temer e pressão externa

Porto Alegre, 12 de junho de 2017 – A moeda norte-americana iniciou a
sessão em queda após a absolvição da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) por quatro votos favoráveis e três contrários, na última
sexta-feira, evitando a cassação do mandato do presidente Michel Temer. Além
disso, a moeda acompanha o movimento externo, que tem viés de baixa em função
da alta nas commodities.

Às 09h38 (de Brasília), o dólar comercial recuava 0,36%, cotado a R$
3,2790 na venda. No mercado futuro, a moeda seguia a mesma tendência e caía
0,54%, a R$ 3,292. “O câmbio deve manter o tênue equilíbrio, flutuando entre
US$ 3,25 e R$ 3,30”, avalia o economista-chefe da SulAmérica Investimentos,
Newton Rosa. No entanto, ele alerta que um eventual agravamento da crise
política pode romper este teto.

O governo agora concentra suas forças para impedir o avanço de denúncia
que a Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar nas próximas
semanas contra o presidente, afirma o operador da Advanced Câmbio, Alessandro
Faganello. Havendo a denúncia, Temer precisará de pelo menos 172 votos, dentre
os 513 deputados, para barrar a acusação, o que a princípio não parece tão
difícil devido a “configuração atual do Congresso Nacional”.

O PSDB, maior partido da base, chega ao dia de sua reunião executiva para
decidir se continuará ao lado do governo. Para Faganello, a tendência é de
que não haja rompimento com o Palácio do Planalto, mas que todos fiquem livres
para se posicionarem como quiserem. Na semana passada, durante o julgamento no
TSE, a expectativa era de que o PSDB deixaria a base do governo Temer.

Lá fora, os contratos futuros do petróleo operam em alta, “motivado pela
decisão do Catar de renovar o compromisso com a estratégia de corte de
produção da Opep [Organização dos Países Exportadores de Petróleo]”, diz
Rosa. Há pouco, o barril do petróleo tipo WTI para julho era negociado em alta
de 0,37%, a US$ 46,02. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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