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CÂMBIO: Dólar cai com menor aversão ao risco e preocupação com PIB dos EUA

26 de maio de 2022
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Porto Alegre, 26 de maio de 2022 – O dólar comercial fechou a R$ 4,761
para venda, com desvalorização de 1,24%. Em dia de menor aversão ao risco no
mercado financeiro global, a moeda americana foi pressionada pelos fracos
números do PIB dos Estados Unidos. O dia foi também de absorção da ata da
mais recente da reunião do Federal Reserve (Fed), o banco central americano,
divulgada ontem, e que veio ao encontro das expectativas dos investidores.

O diretor de alocação e distribuição da InvestSmart XP, André
Meirelles, indicou PIB e ata como os principais drivers do câmbio nesta quinta.
“A ata contribuiu para o alívio do dólar em relação ao real, visto que o
comunicado foi em linha com o esperado pelo mercado, apesar de intensificar a
preocupação com a inflação e a possibilidade de elevar os juros acima do
patamar neutro”.

Segundo ele, a ata sem grandes surpresas, somada a perspectiva de que o PIB
abaixo do esperado influencie a decisão do Fed de manter os juros em um patamar
próximo ao neutro, ajudaram a reduzir a aversão ao risco, o que contribui
perda de força do dólar frente as outras moedas. “Aqui no Brasil, a entrada
de divisas também é beneficiada pelo aumento no preço das commodities”,
completou Meirelles.

Conforme o sócio da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, o dia foi de
respiro do real, com as commodities impulsionando o fluxo estrangeiro, além dos
juros elevados praticados no Brasil. Cozzolino alertou, no entanto, para os
riscos político e fiscal, mas que não impactaram na sessão de hoje.

De acordo com o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas
Borsoi, há “um ponto de indefinição quanto aos rumos do mercado”. Borsoi
vê um cabo de guerra entre duas forças distintas: “Existe a perspectiva de
enfraquecimento do dólar, com os dados vindo abaixo do esperado. E isso tende a
beneficiar o real. O crescimento da China, porém, é preocupante, e isso pesa
sobre a nossa moeda”, contextualiza.

Além disso, Borsoi mostrou preocupação com a discussão sobre o teto do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e uma eventual
troca no conselho da Petrobras, situações que poderiam gerar uma percepção
no quadro fiscal.

Para o analista da Ouro Preto Investimentos, Bruno Komura, “a ata do
Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) parece atrasada. Os
riscos de recessão nos Estados Unidos são cada vez maiores, o mercado mudou
muito nas últimas semanas e isso tem gerado volatilidade no câmbio. Existem
incertezas de como ele (o Fed) irá lidar com a inflação, muita gente acha que
o Fed está atrás da curva”.

Komura, por outro lado, entende que a China também não inspira otimismo.
“Eles têm anunciado vários estímulos, mas o mercado está revendo o
crescimento para baixo. Ainda assim a China tem ajudado a nossa balança
comercial”, analisa.

As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Fábio Rübenich (fabio@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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