CÂMBIO: Dólar cai em otimismo com guerra comercial, de olho em Previdência

Porto Alegre, 1 de julho de 2019 – O dólar comercial abre o segundo
semestre em queda frente ao real acompanhando o otimismo que prevalece no
exterior com a trégua na guerra comercial entre Estados Unidos e China, após
acordo entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping durante a reunião do G20
no sábado, no Japão. No cenário doméstico, investidores aguardam avanços na
tramitação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos
Deputados.

Às 9h41 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 0,52% no mercado à
vista, cotada a R$ 3,8210 para venda, enquanto o contrato futuro para agosto
operava em queda de 0,80%, acima de R$ 3,83. Lá fora, o Dollar Index subia
0,26%, aos 96,377 pontos.

Após encontro paralelo aos eventos do G20, Trump e Xi concordaram em
retomar as negociações comerciais entre os dois países, evitando a
aplicação de novas taxas a produtos chineses, além de reverter as sanções
norte-americanas à companhia chinesa de tecnologia Huawei. “Tivemos uma ótima
reunião e continuaremos a negociar. E prometi que, pelo menos por enquanto,
não vamos aplicar tarifas sobre a China”, declarou Trump.

Para a equipe econômica do Bradesco, a retomada das negociações não
necessariamente aumenta a probabilidade de que um acordo definitivo seja
alcançado, e o tema comercial continuará no radar nos próximos meses.
“Contudo, as negociações reduzem, por enquanto, o viés de desaceleração
mundial mais intensa, potencialmente favorecendo a confiança de investidores”,
comentam os analistas do banco.

Aqui, a semana promete ser decisiva para a reforma da Previdência, com a
previsão de leitura do parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP) amanhã na
comissão especial.

Analistas da H.Commcor avaliam que é preciso aguardar se o Partido Social
Liberal (PSL), do presidente Jair Bolsonaro, entrará com pedido de destaques no
texto. Caso a sigla não entre com o destaque, o relatório final deve ser lido
amanhã. Se avançar, a votação em plenário pode ocorrer antes do recesso
parlamentar, a partir de 18 de julho. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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