Porto Alegre, 8 de maio de 2019 – O dólar comercial opera em queda frente
ao real depois de exibir volatilidade na abertura dos negócios em viés de
correção, após duas sessões de fortes altas que levaram a moeda estrangeira
a tocar o patamar de R$ 4,00, e influenciado pelas notícias locais envolvendo a
reforma da Previdência, em que hoje contará com a presença do ministro da
Economia, Paulo Guedes, na comissão especial.
Às 9h57 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,62%
no mercado à vista, cotada a R$ 3,9450 para venda, depois de oscilar na mínima
de R$ 3,9360 (-0,85%) e máxima de R$ 3,9790 (+0,22%). No mercado futuro, o
contrato para junho recuava 0,69%, a R$ 3,9530. Lá fora, o Dollar Index tinha
leve queda de 0,05%, aos 97,577 pontos. Entre as principais moedas de países
emergentes, o movimento é misto.
Para os analistas, o mercado doméstico reage às notícias do cenário
político com impacto na reforma da Previdência. Hoje, Paulo Guedes, irá à
comissão especial da Câmara dos Deputados para acompanhar a tramitação da
reforma, presença que o mercado vê como positiva. Ontem, em entrevista à um
programa de TV, o presidente Jair Bolsonaro declarou ter votos o suficiente para
aprovar a reforma.
A notícia de que os partidos do chamado Centrão deverão ganhar dois
ministérios – das Cidades e da Integração Nacional, recriados com a divisão
do Ministério do Desenvolvimento Regional – com aval do presidente Bolsonaro,
que cede em busca de apoio na reforma da Previdência, parece animar
investidores.
“A expectativa é boa e parece que as coisas na Previdência começam a
caminhar”, diz o diretor de câmbio da Ourominas, Mauriciano Cavalcante. Já a
equipe econômica da H.Commcor acrescenta que o mercado observará com atenção
se o “bombardeio” da oposição visto durante a Comissão de Constituição e
Justiça e de Cidadania (CCJC) se repetirá hoje contra Guedes, sendo esperada
alguma “melhor organização e preparação” dos apoiadores do governo e da
reforma.
No exterior, as atenções ainda estão voltadas à guerra comercial entre
os Estados Unidos e a China que, de um lado, tem os chineses ainda dispostos a
negociar com a presença de uma delegação em Washington. Do outro, com o
governo norte-americano firme na ameaça de sobretaxar US$ 200 bilhões de
produtos chineses a partir de sexta-feira, elevando a alíquota de 10% para 25%,
conforme anunciado pelo presidente Donald Trump no domingo. “Existe uma chance
de o Trump voltar atrás. A possibilidade é mínima, mas existe”, destaca o
diretor da Ourominas. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 16/05/2025
Suíno Independente kg vivo
R$ 8,42Farelo de soja à vista tonelada
R$ 1.835,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.250,00Milho Saca
R$ 71,00Preço base - Integração
Atualizado em: 15/05/2025 09:30