CÂMBIO: Dólar cai forte com ajuste técnico, mas PIB dos EUA reduz queda

Porto Alegre, 25 de setembro de 2015 – O dólar abriu em queda forte ante o
real, chegando a ser negociado abaixo de R$ 3,90, com os investidores
“corrigindo os exageros” da recente arrancada da moeda norte-americana. O
movimento, porém, perdeu força na esteira do crescimento acima do esperado do
Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos no segundo trimestre, o que
fortaleceu o dólar globalmente.

Às 9h45, o dólar comercial caía 1,22%, cotado a R$ 3,9430. Na mínima, a
moeda norte-americana foi a R$ 3,8850 (-2,7%). No mercado futuro, o contrato
para outubro tinha leve alta de 0,02%, a R$ 3,9475. Já no exterior, o Dollar
Index subia 0,25%, ganhando tração após a expansão de 3,9% da economia
norte-americana entre abril e junho deste ano, na taxa anualizada, ante
previsão de +3,8%.

Segundo um operador de tesouraria de um banco, o mercado doméstico de
câmbio segue descolado das movimentações no exterior, em meio à busca por
proteção por causa das incertezas políticas no Brasil, com reflexos no lado
econômico. Porém, as frases contundentes do presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini, ontem, somadas aos leilões de swap cambial e de títulos
públicos, ajudam a aliviar a pressão no câmbio local.

Para o gerente de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva,
após as declarações de Tombini, ontem, o “mercado corrige os excessos”.
“Mas não há nada resolvido e o dólar pode voltar a operar acima de R$ 4,00
em breve”, diz, lembrando que o Congresso deve retomar a votação dos vetos
presidenciais na semana que vem. “O doente continua sendo tratado com
anti-inflamatório, e não morfina”. As informações partem da agência CMA.

Revisão: Tarcila Mendes (tarcila.freitas@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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