CÂMBIO: Dólar cai, impactado por expectativa de Fed dovish

Porto Alegre, 14 de setembro de 2023 – O dólar segue em queda, abaixo dos R$ 4,90. A moeda
reflete a aposta do mercado de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) tenha
chegado ao final do ciclo contracionista.

Segundo o sócio da Top Gain Leonardo Santana, apesar dos dados apontarem para uma economia
aquecida nos Estados Unidos, o mercado entende que o Fed não irá subir mais os juros: “Existe uma
aposta no crescimento de China e Estados Unidos, que podem levar o Brasil e o mundo na carona”,
avalia.

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou, na manhã de hoje, o aumento de 0,25 ponto percentual
(pp) na taxa básica de juros europeia. Já nos Estados Unidos, o índice de preços ao produtor
(PPI, na sigla em inglês) foi a 0,7% em agosto ante julho.

Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, o tom do BCE foi dovish (suave, menos
propensa ao aumento dos juros), e que a instituição disse que os juros estão em um patamar
suficiente para levar a inflação de volta à meta.

Mesmo com o PPI ainda demonstrando força da economia estadunidense, Borsoi entende que o
mercado tenta se manter otimista e entendendo que o Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano) não dará prosseguimento a alta dos juros.

De acordo com a Ajax Research, “lá fora, ações e commodities operam em alta. A decisão da
China sobre compulsório bancário também terá efeito positivo nos ativos dos emergentes e nas
commodities. Por aqui, ativos acompanham bom humor dos emergentes”.

Por volta das 15h45 (horário de Brasília), o dólar comercial caía 0,83%, cotado a R$ 4,8756
para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2023
recuava 0,81%, cotado a R$ 4.887,50.

As informações partem da Agência CMA.

Lessandro Carvalho (lessandro@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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