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CÂMBIO: Dólar comercial sobe com receios sobre a Europa e Brasil

19 de fevereiro de 2015
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Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2015 – O dólar comercial opera em alta
ante o real, influenciado por um cenário de instabilidades na Europa envolvendo
a Grécia e por um pessimismo interno em relação à situação econômica
brasileira.

Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de
Câmbio, tensões na Europa relacionadas ao desfecho do acordo sobre a dívida
grega influenciam o mercado de câmbio. “A Alemanha sinalizou que não vai dar
conforto à Grécia, o que deixa o mercado instável”, disse.

A sinalização da Alemanha é de que deve rejeitar o pedido da Grécia por
uma extensão de seis meses para os empréstimos concedidos pela União
Europeia no programa de resgate. O Ministério de Finanças da Alemanha afirmou,
em sua conta no Twitter, que a proposta feita pela Grécia “não traz uma
solução substancial” para o problema.

O Eurogrupo (que reúne os ministros de Finanças da zona do euro) vai se
reunir amanhã às 15h em Bruxelas para discutir o pedido de extensão de
empréstimo submetido pelo governo da Grécia.

Ovídio Soares, operador da Icap, destaca que os mercados exteriores operam
em queda, o que influencia o mercado de câmbio brasileiro. “A situação lá
fora segue ruim, com o Euro e o S&P caindo, o que dá o tom por aqui”, afirma.

Em relação ao cenário interno, Galhardo afirma que o mercado ainda
reflete as incertezas relacionadas à economia do País, com o investidor
assumindo uma posição de cautela.

“As falas recentes do [Joaquim] Levy não trazem alento ao mercado.
Sabe-se que terão que ocorrer ajustes e que as coisas não vão bem, mas
aparentemente não temos soluções rápidas. O investidor fica cauteloso e
assume posições compradas”, diz o gerente de câmbio da Treviso.

Por volta de 14h no horário de Brasília, o dólar comercial operava em
alta de 0,56%, cotado a R$ 2,8580 para venda. O contrato com vencimento em
março subia 0,73%, a R$ 2.863,50.

Nesse contexto, as taxas de Depósito Interfinanceiro (DI) também operam
em alta, seguindo o movimento do câmbio. Para Ovídio Soares, o dado de pedidos
de seguro desemprego nos Estados Unidos, que poderia trazer um impacto maior,
teve pouca influência no andamento do mercado.

“Os dados de pedidos de seguro-desemprego têm influência maior quando
apresentam uma distorção muito grande. Como não foi o caso, o impacto foi
menor”, disse o operador da Icap.

O número de novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu em
21 mil na semana encerrada em 14 de fevereiro, para 283 mil. Analistas esperavam
queda para 295 mil novas solicitações.

Para Reginaldo Galhardo, a alta nos DIs também reflete a expectativa de
que o Banco Central (BC) continuará com o movimento de alta na taxa Selic (taxa
básica de juros). “O mercado vai embicando a curva para cima, para não ser
pego de surpresa”, afirma.

A taxa do DI para janeiro de 2017 avançava de 13,06% para 13,15% e a taxa
do contrato para janeiro de 2016 subia de 13,15% para 13,21%. As informações
são da Agência CMA.

Revisão: Cândida Schaedler / Agência SAFRAS

Copyright 2015 – Grupo CMA

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