CÂMBIO: Dólar fecha em queda com exterior e foco em novo governo

São Paulo, 1 de novembro de 2018 – O dólar fechou em queda de 0,76%,
cotado a R$ 3,6940 para venda, com o mercado reagindo positivamente aos nomes
que vão compor o novo governo, somado ao ambiente externo favorável às moedas
de países emergentes. O otimismo de investidores no mercado doméstico também
contribuiu depois

Para o diretor de uma corretora nacional, a queda global da moeda
norte-americana teve como pano de fundo, a possibilidade de um acordo entre
Estados Unidos e China em relação a guerra comercial, após o presidente
Donald Trump declarar que teve “uma boa conversa” com o presidente chinês Xi
Jinping.

Somado ao exterior mais positivo, o mercado doméstico segue otimista com o
“desenho” do governo de Jair Bolsonaro. Depois de confirmar Paulo Guedes como
ministro da Economia (fusão das pastas Fazenda, Planejamento e Indústria e
Comércio Exterior), hoje, Bolsonaro confirmou o juiz responsável pela
Operação Lava Jato em Curitiba (PR), Sergio Moro, como ministro das pastas da
Justiça e da Segurança Pública.

Amanhã, com o feriado local de Finados, os números do mês passado do
relatório de trabalho dos Estados Unidos, o payroll, só serão digerindo na
segunda-feira, quando o local volta a operar. Para o diretor de gestão da Meta
Asset, Alexandre Horstmann, não dá para avaliar como será a abertura dos
negócios pois “depende” dos dados do payroll, “mas tem tudo pra ser forte”,
diz.

A agenda da próxima semana será “pesada”, diz. Na segunda-feira, pode
haver uma cautela global à espera da eleição do Congresso Nacional nos
Estados Unidos. “Os democratas podem tomar o poder e eles não são adeptos às
ideias de Trump, o que pode dificultar o trabalho do presidente
norte-americano”, avalia o operador da corretora Advanced, Alessandro
Faganello.

Ainda tem a decisão de política monetária do Federal Reseve (Fed, o
banco central norte-americano). “A decisão deve ser por manutenção da taxa
de juros e isso está precificado. Mas o mercado quer sentir o humor do Fed
quanto a velocidade da alta de juros”, diz o diretor da Asset.

Ele acrescenta que visto a agenda carregada, com a divulgação da ata do
Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central e os índices de
inflação brasileira em outubro, a semana deve ser de volatilidade.

As informações são da agência CMA.

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