Porto Alegre, 28 de outubro de 2019 – O dólar comercial ampliou a queda e
opera no patamar de R$ 3,98 refletindo o ambiente mais positivo para a busca por
risco em meio ao adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia, o
Brexit, ao bom humor com a guerra comercial entre Estados Unidos e China,
enquanto o resultado das eleições presidenciais na Argentina não influenciam
o mercado local.
O economista e CEO da Veedha Investimentos, Rodrigo Tonon, reforça que o
resultado das eleições na Argentina, o qual o candidato Alberto Fernández –
que terá a ex-presidente Cristina Kirchner como vice-presidente, venceu o atual
presidente do país, Mauricio Macri, em primeiro turno preocupa investidores
locais, mas a vitória era esperada e “não contamina” o real, diz.
“O dólar ficará com viés de queda, mesmo com essa vitória da esquerda
na Argentina. O fato trás preocupação para as exportações brasileiras já
que a Argentina é o nosso terceiro maior parceiro comercial. O dólar deve
seguir buscando valores abaixo de R$ 4,00”, comenta o diretor de câmbio do
grupo Ourominas, Mauriciano Cavalcante.
Ele acrescenta que o adiamento do prazo de saída do Reino Unido da União
Europeia para 31 de janeiro traz “um certo conforto” ao mercado, já que os
países terão mais tempo de dialogar com o parlamento britânico antes de
fechar um acordo para sair do bloco econômico.
A busca por risco é motivada ainda pelas declarações a respeito da
guerra comercial entre norte-americanos e chineses afirmando que o risco de
“recrudescimento” dos conflitos está cada vez menor.
“Ajuda aliviar a pressão do dólar frente a outras moedas. Enquanto aqui,
a agenda está mais positiva e o cenário político mais calmo com o presidente
Jair Bolsonaro em viagem no exterior. Ainda tem bom humor com a entrada de
fluxo estrangeiro nos últimos dias”, reforça o economista da Veedha que
ressalta não ver “tanto espaço” para uma queda maior do dólar já que o
investidor estrangeiro não tem entrado de forma significativa no mercado
local.”Mas confirmando o rompimento dos R$ 4,00, o dólar pode sim buscar os R$
3,90 em breve”, diz.
Às 12h15 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,67%, negociado a R$
3,9800, depois de operar entre mínima de R$ 3,9760 (-0,85%) e máxima de R$
4,0110 (+0,02%), enquanto o contrato para novembro caía 0,58%, a R$ 3,9830. Lá
fora, o Dollar Index tinha ligeira queda de 0,03%, aos 97,800 pontos. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
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R$ 1.665,00Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 14/08/2025 10:30