CÂMBIO: Dólar opera em alta atento à votação da LDO e decisão do Fed

Porto Alegre, 16 de dezembro de 2020 – O dólar comercial opera em alta
frente ao real, após oscilar na abertura dos negócios, em dia de eventos
importantes como a última decisão de política monetária do Federal Reserve
(Fed, o banco central norte-americano) no ano, enquanto aqui, está prevista a
votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), com o orçamento do
governo federal em 2021.

Às 10h02 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,41%
no mercado à vista, cotada a R$ 5,1070 para venda, enquanto o contrato para
janeiro tinha alta de 0,47%, a R$ 5,1075. Lá fora, o Dollar Index caía 0,26%,
aos 90,238 pontos.

Em dia de decisão de política monetária do Fed, o diretor de uma
corretora nacional diz que não se espera “nenhuma surpresa”, mas há
expectativas de que o presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, repita
o discurso mais suave (“dovish”) das últimas reuniões e que tenha
sinalização para novos estímulos no futuro.

Antes da decisão, porém, investidores estão otimistas em meio à
possibilidade de democratas e republicanos chegarem a um acordo para a
aprovação de um pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos.

O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, destaca que o
Congresso e o governo negociam aprovar um programa de ajuda de US$ 748,0
bilhões nos próximos dias. “A perspectiva de mais estímulo fiscal nos
Estados Unidos e seus efeitos sobre a economia mundial sustentam o apetite ao
risco, deixando em segundo plano os temores com a nova onda global de casos de
covid-19”, comenta.

Aqui, o mercado doméstico opera em tom de cautela à espera da decisão do
banco central norte-americano e sobretudo, com a possibilidade de votação,
ainda hoje, da LDO. “Foi fixada em R$ 247,0 bilhões a meta fiscal para o
próximo ano, já com os R$ 20,0 bilhões que deverão ser gastos com o programa
de vacinação [contra a covid-19]. As despesas com a vacina ficam de fora do
teto dos gastos por se tratar de gastos com a pandemia”, reforça o economista
da SulAmérica. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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