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CÂMBIO: Dólar opera em alta de 1,77%, a R$ 2,98

4 de março de 2015
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Porto Alegre, 4 de março de 2015 – As incertezas com relação ao ajuste
fiscal aumentam a aversão ao risco e impulsionam o dólar e as taxas de juros.
Entre as taxas medidas pelos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI), o
avanço reflete a expansão do dólar e o medo de rebaixamento da nota soberana
do País.

Durante a sessão de hoje, o dólar comercial já atingiu a máxima de
R$ 3,00 nas negociações, maior nível desde 18 de agosto de 2004, quando o
maior preço ao longo da sessão foi de R$ 3,0130.

O movimento foi desencadeado pela decisão do presidente do Senado, Renan
Calheiros, de rejeitar ontem uma das medidas apresentadas pelo governo que
tinha como objetivo reduzir benefícios fiscais sobre a folha de pagamentos.

A decisão de Calheiros foi tomada um dia antes da reunião de membros
da agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) com a equipe do

governo, o que contribui para a alta do dólar, pois investidores temem que a
nota de crédito brasileira seja rebaixada diante do baixo apoio de
congressistas ao ajuste fiscal.

“Há o medo de que talvez o governo não tenha a base política
necessária
para dar continuidade e colocar em prática as medidas de ajuste fiscal para
evitar a perda de grau de investimento”, disse Luciano Rostagno,
estrategista-chefe do Banco Mizuho.

Por volta das 14h50 (de Brasília), entre as taxas de juros, o contrato
mais negociado era com vencimento em janeiro de 2017, com taxa avançando de
12,92% para 13,01%. A taxa medida pelo contrato com vencimento em janeiro de
2016 subia de 13,14% para 13,18%. E o DI com vencimento em abril de 2015 tinha
taxa subindo de 12,53% para 12,60%.

“Esse movimento reflete a valorização cambial e também a percepção de

aversão ao risco maior, com o risco de o rating soberano do País ser
rebaixado”, disse Rostagno.

Em meio a toda essa questão política, a reunião do Comitê de
Política
Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que termina hoje, deve ficar em
segundo plano. Segundo as expectativas do mercado, a Selic (taxa básica de
juros) deve subir 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano.

Segundo Rostagno, os indicadores externos também contribuem para a alta
do dólar, mas estão em segundo plano.

“Teve a ADP [relatório sobre a criação de emprego no setor privado
dos
Estados Unidos] com uma revisão para cima. O PMI [índice dos gerentes de
compras] de serviços também veio bom. E dados na Europa vieram ruins. Esse
conjunto de indicadores favorece o dólar lá fora”, comenta.

Para Sidnei Moura Nehme, diretor executivo e economista da NGO Corretora,
as incertezas políticas provocam um aumento na demanda pelos contratos de swap
cambial, exercendo maior pressão nos contratos futuros.

“Com o crescimento das incertezas, está se acentuando um aumento da
demanda pelos contratos de swap e isso exerce uma pressão no mercado futuro que
acaba vindo para o mercado à vista. São incertezas que provocam aumento da
demanda por proteção e se nós perdemos o grau de investimento teremos uma
saída de dólares violenta”, comentou.

O dólar comercial subia 1,77% ante o real, cotado a R$ 2,9800 na venda.
O contrato futuro da moeda com vencimento em abril tinha alta de 2,62%, a R$
3.004,00. As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras) / Agência Safras

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