Porto Alegre, 17 de dezembro de 2014 – O dólar acelerou a queda, passando
a cair mais de 1%, após a entrada de US$ 220 milhões no País, segundo João
Paulo de Gracia Corrêa, gerente de câmbio da Correparti Corretora.
Outros fatores como as declarações de Joaquim Levy, indicado ao
ministério da Fazenda, desaceleração da queda do preço do petróleo e a
venda de reservas anunciada pela Rússia já davam o viés de recuo para a moeda
norte-americana.
“O dólar cai hoje por uma combinação de fatores, mas a queda mais
forte há pouco aconteceu justamente com a entrada de dois fluxos positivos, de
US$ 100 milhões e de US$ 120 milhões que, com a liquidez baixa, fizeram
preço”, explica Corrêa.
Segundo o gerente de câmbio da Correparti Corretora, a queda da moeda já
acontecia devido principalmente às declarações de Levy e o anúncio do
governo russo de medidas para proteger o mercado. “A desaceleração da queda
do petróleo, que recuava mais de 2%, também ajudou a trazer esse alívio para
o real”, diz Corrêa. Os contratos futuros de petróleo já recuavam menos de
1% sendo negociados em torno de US$ 55,41 o barril.
Em sua fala hoje pela manhã em entrevista a TV Globo, Levy afirmou que a
inflação deverá entrar em compasso de espera no início do próximo ano
diante dos ajustes fiscais que precisam ser feitos, o aumento previsto de
preços administrados e a nova forma de tarifação de energia elétrica.
Sobre o ajuste fiscal Levy afirmou que será preciso “estancar” alguns
gastos públicos e “reduzir outros, na medida do necessário” e ainda que pode
“considerar alguns ajustes de impostos” com o objetivo de elevar a poupança
do País, não descartando aumento de alíquotas em impostos.
Na Rússia, o Ministério das Finanças começou a vender no mercado suas
reservas de moeda estrangeira, que somam cerca de US$ 7 bilhões, numa tentativa
de conter a desvalorização do rublo. As informações são da agência de
notícias estatal “Itar-Tass”.
Por volta das 14h15, o dólar comercial caía 1,35% a R$ 2,6980 para
venda. No mercado futuro, o contrato para janeiro de 2015 recuava 1,41% a R$
2.709,000.
“O mercado está seguindo o comentário de Levy, que parece preocupado
em recompor o caixa do governo, devendo fazer um ajuste firme e rápido após
sua posse em 2015. Hoje o principal fator é interno, embora a melhora do
mercado lá fora também ajude”, diz Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da
Treviso Corretora de Câmbio. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 28/11/2024 10:30