CÂMBIO: Dólar opera em queda acompanhando apetite global por risco

Porto Alegre, 25 de maio de 2021 – O dólar comercial opera em queda frente
ao real desde a abertura dos negócios em linha com o exterior onde prevalece o
apetite global por risco e a moeda estrangeira perde terreno para os pares e
para a maioria das principais divisas emergentes. Aqui, investidores estão
atentos aos desdobramentos em torno das tratativas das reformas administrativa e
tributária.

Às 10h12 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,24%
no mercado à vista, cotada a R$ 5,3120 para venda, enquanto o contrato com
vencimento em junho tinha queda de 0,14%, a R$ 5,3140. Lá fora, o Dollar Index
caía 0,16%, aos 89,700 pontos.

O operador da corretora Commcor, Cleber Alessie, reforça a continuidade do
movimento de busca por risco em escala global, iniciado ontem, com os ativos
positivos no exterior e com o dólar em queda “praticamente generalizada”.
Além da ” calmaria” nos rendimentos das taxas futuras de juros dos títulos
do governo norte-americano, as treasuries. “Realidade que alimenta uma abertura
positiva”, diz.

Alessie acrescenta que é importante ter em mente que o momento positivo
dos ativos de risco segue “presente e revigorado” após novas falas “dovish”
(suave) de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano),
os quais voltaram a reforçar que a pressão nos preços deve ser transitória.
“E portanto, incapaz de ameaçar a retomada da atividade, esvaziando as apostas
de muitos que o Fed deveria acelerar, em algum momento, o ritmo de
normalização da política monetária”, avalia.

Aqui, o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, destaca
que ontem a cúpula do Congresso e o governo fecharam um acordo sobre o
fatiamento da reforma tributária, com divisão dos trabalhos entre o Senado e a
Câmara dos Deputados. Hoje, pode ser votada a proposta de reforma
administrativa. Com isso, os ativos locais devem se beneficiar do ambiente
global mais positivo e do avanço na agenda de reformas estruturais. “Mas ainda
com receio em relação à criação de novos programas sociais, como indicam
rumores”, comenta. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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