CÂMBIO: Dólar opera em queda atento à medida de Trump e exterior

Porto Alegre, 2 de dezembro de 2019 – O dólar comercial opera em queda
frente ao real após abrir em alta, a R$ 4,25, reagindo ao anúncio do
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que vai tarifar produtos de aço
e alumínio do Brasil e da Argentina sob a acusação de que os países estão
desvalorizando suas moedas. Lá fora, o ambiente é positivo

Às 10h11 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,18%
no mercado à vista, cotada a R$ 4,2330 para venda, enquanto o contrato para
janeiro tinha queda de 0,10%, a R$ 4,2380. Lá fora, o Dollar Index operava na
estabilidade (+0,01%), aos 98,279 pontos.

Mais cedo, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou no Twitter
que vai retomar a cobrança de tarifas a produtos de aço e alumínio importados
do Brasil – e também da Argentina – acusando os dois países de desvalorizarem
as moedas.

“O Brasil e a Argentina têm presidido uma desvalorização massiva de
suas moedas. O que não é bom para os nossos agricultores”, escreveu o
presidente norte-americano em seu perfil no Twitter. O presidente Jair Bolsonaro
respondeu que vai conversar sobre o tema com o ministro da Economia, Paulo
Guedes. “Se for o caso, eu ligo para o Trump. Eu tenho um canal aberto com
ele”, disse a jornalistas hoje em Brasília.

O economista-chefe da corretora Necton, André Perfeito, avalia que Trump
“claramente” não entende a natureza das desvalorizações do real e do peso
argentino. “Mas ao colocar dessa forma a questão, faz reverberar sua retórica
anti-globalista e é um golpe duro ao Palácio do Planalto que via Washington
como um aliado”, diz.

Lá fora, saíram os dados de atividade industrial da China no qual o
índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) subiu para 51,8
pontos em novembro, acima do registrado em outubro.

“Mostra que a economia local ganhou tração após seis meses de
contração e dão tom mais otimista para os mercados, ajudando a desviar a
atenção dos investidores a respeito dos últimos entraves às negociações
comerciais entre norte-americanos e chineses”, comenta o economista-chefe da
SulAmérica Investimentos, Newton Rosa. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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