CÂMBIO: Dólar opera em queda com bom humor sobre guerra comercial EUA/China

Porto Alegre, 24 de setembro de 2019 – O dólar comercial opera em queda
frente ao real acompanhando um cenário um pouco mais otimista, ainda que
investidores sigam em cautela, com sinais positivos vindos da guerra comercial
entre Estados Unidos e China em meio declarações do governo norte-americano
que os dois países voltarão às negociações no início de outubro.

Às 10h03 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em queda de 0,16%
no mercado à vista, cotada a R$ 4,1650 para venda, enquanto o contrato para
outubro operava praticamente estável (+0,01%), a R$ 4,1660. Lá fora, o Dollar
Index tinha ligeira queda de 0,10%, aos 98,500 pontos.

“A melhora no humor dos investidores veio após o secretário do Tesouro
[dos Estados Unidos], Steven Mnuchin, afirmar que os dois países retomarão as
conversações em duas semanas, confirmando expectativas de que os dois lados
voltarão a dialogar em outubro”, comenta o economista-chefe da SulAmérica
Investimentos, Newton Rosa. As tratativas comerciais devem ficar para a segunda
semana do próximo mês.

Os analistas da H.Commcor avaliam que a decisão da China de liberar
compras adicionais de soja dos Estados Unidos sem tarifas, em montante entre
dois a três milhões de toneladas, traz “alguma dose de alívio” ao mercado
em movimento de extrema relevância para os norte-americanos e que pode
“azeitar” as relações para as tratativas em outubro. “A postura dos
chineses permite a melhora observada nos mercados globais”, acrescentam.

Aqui, teve a divulgação da ata da reunião da semana passada do Comitê
de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) avaliado pelo mercado
doméstico como “dovish” (suave). Para os analistas da corretora, a ata
apontou que indicadores recentes sugerem retomada do processo de recuperação
da economia brasileira, apesar do elevado nível de ociosidade como um fator
baixista.

“Mas deixou de considerar como preponderante, mas existente, o risco de
eventual frustração com a agenda de reformas e ajustes na economia
brasileira”, ponderam. Em linha com o comunicado após a decisão de corte da
taxa básica de juros (Seli), o BC segue indicando continuidade do afrouxamento
monetário. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2019 – Grupo CMA