Porto Alegre, 3 de outubro de 2014 – A expectativa de que haverá segundo
turno nas eleições presidenciais, aumentando as chances de a oposição ganhar
a eleição, faz com que os mercados de câmbio e juros operem em baixa.
O fato de as intenções de voto na presidente Dilma Rousseff no primeiro
turno terem estacionado em torno de 40% nas pesquisas recentes aumenta as
chances de um segundo turno e, na visão dos investidores, a possibilidade de a
oposição vencer as eleições.
O mercado teme a reeleição de Dilma por acreditar que isso significará
a manutenção da política econômica atual, considerada negativa pelos
investidores.
“Normalmente, seria um dia para o real se desvalorizar mais, mas o
mercado está sensível ao cenário eleitoral”, diz Vladimir Caramaschi,
estrategista-chefe do Crédit Agricole.
No mercado externo, por outro lado, dados da economia dos Estados Unidos
melhores que o esperado influenciam alta do dólar ante às demais moedas.
A melhora da economia norte-americana intensifica a chance de o Federal
Reserve (Fed, o banco central norte-americano) antecipar o aumento de juros.
“Isso tiraria recursos, com mais ênfase, dos países emergentes. Investidor
vai repatriar esse dinheiro para um local mais seguro e com rentabilidade”,
explica Reginaldo Galhardo, gerente da Treviso Corretora de Câmbio.
Com pressões para alta e baixa, o dólar comercial opera com extrema
volatilidade hoje, tendo oscilado entre a mínima de R$ 2,4650 e máxima de R$
2,5080, patamar que não atingia desde dezembro de 2008.
“Agora à tarde, alguns bancos estavam vendendo dólar, diminuindo
posição comprada. Exageraram muito antes das eleições e agora estão tentado
equilibrar a carteira”, afirma João Paulo de Gracia Corrêa, gerente de
câmbio da Correparti Corretora.
Segundo fonte que não quis se identificar, a moeda sofre influência de
queda com as pesquisas eleitorais apontando estagnação das intenções de
votos em Dilma.
“A Dilma manteve-se estável em 40% dos votos. Isso significa uma chance
grande de a eleição ir para segundo turno e está ajudando na queda do
dólar”. Segundo mesma fonte, esse fator eleitoral também influenciam os
mercados a “tirarem um prêmio da curva de juros na parte longa”.
Por volta das 14h30 (de Brasília), o dólar comercial caía 0,52%, a R$
2,4790 na venda. No mercado futuro, o contrato com vencimento em novembro tinha
queda de 0,61%, a R$ 2.500,50. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
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R$ 71,50Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 1.975,00Preço base - Integração
Atualizado em: 22/11/2024 17:50