‘-CÂMBIO: DÓLAR OPERA EM QUEDA DE 1,42%, A R$ 2,4870

São Paulo, 28 de outubro de 2014 – As sinalizações favoráveis da
presidente Dilma Rousseff (PT) para maior diálogo com setores público e
privado e a expectativa de que o novo ministro da Fazenda seja do mercado
financeiro são os principais fatores que levam as taxas dos contratos de juros
futuros e o dólar comercial a desvalorizarem.

A sinalização de que os nomes da equipe econômica serão divulgados em
breve acalmou os ânimos dos investidores após altas expressivas nas cotações
ontem.

“O discurso da presidente está agradando o mercado, principalmente
porque os nomes que estão sendo cotados para o Ministério da Fazenda são do
mercado financeiro. Isso mostra a intenção do governo de dialogar mais e a
disposição para fazer mudanças na política monetária do País”, avalia o
gerente da Treviso Corretora de Câmbio, Reginaldo Galhardo.

De acordo com o gestor, outro movimento que está influenciando essa
movimentação negativa da moeda é que parte dos investidores está realizando
o lucro após um dia de fortes altas em que posições foram adotadas para
embolsar ganhos. Há pouco, o dólar comercial caía 1,42%, cotado a R$ 2,4850
para compra e a R$ 2,4870 para venda. No mercado futuro, os contratos com
vencimento em novembro perdiam 1,8%, a R$ 2.481,000.

“Essa queda mais forte do câmbio também pode ser justificada por pedido
direto do governo para que os bancos e fundos de investimentos administrados
por estatais sejam mais cautelosos nas negociações e não despertem o pânico
no investidor estrangeiro. É um movimento natural pós-eleições”, avalia o
diretor executivo e economista da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme.

No entanto, a tendência até o fim do ano continua sendo de alta, para o
executivo, com a possibilidade de o dólar atingir o patamar de R$ 2,60 devido
à saída do investidor estrangeiro neste momento de indefinição da equipe
econômica e com o crescimento menor quando comparado com outros mercados, o que
afugenta, principalmente, o investidor especulativo. As informações partem da
Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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