Porto Alegre, 7 de janeiro de 2019 – O dólar comercial opera em queda em
relação ao real, depois de romper o nível abaixo de R$ 3,70 e exibir
volatilidade na abertura dos negócios, acompanhando o bom humor externo após
as declarações “dovish” do presidente do banco central norte-americano, o
que provocou alívio nos mercados. A volta de liquidez aos mercados também
contribui para o viés de queda da divisa estrangeira.
Às 10h02 (de Brasília), a moeda norte-americana caía 0,13%, cotada a R$
3,7110 para venda, depois de oscilar na mínima de R$ 3,6990 (-0,45%) – no menor
valor intraday desde o início de novembro do ano passado, logo após o segundo
turno das eleições – e na máxima de R$ 3,7220 (+0,16%). No mercado futuro, o
contrato para fevereiro operava em queda de 0,16%, a R$ 3,7150. Lá fora, o
Dollar Index recuava 0,27%, abaixo dos 96 mil pontos.
O cenário positivo no exterior, o qual a moeda local acompanha, segue
refletindo os “animadores” dados norte-americanos de emprego, o payroll, e as
declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central
norte-americano), Jerome Powell, que reforçou a flexibilidade da autoridade
monetária a depender da conjuntura futura, comenta a equipe econômica da
H.Commcor.
A declaração de Powell animou os mercados que forte valorização das
moedas de países emergentes no último pregão, além de outros ativos. O
analista da Correparti, Ricardo Gomes Filho, reforça que a volta de liquidez
aos mercados corrobora para o cenário de desvalorização do dólar que, na
sexta-feira, fechou desvalorizado ante o real pela quinta vez seguida.
Por aqui, a falta de sintonia da equipe do governo de Jair Bolsonaro
continua sendo observada por investidores, depois de o presidente declarar que o
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) seria reajustado, enquanto a
alíquota máxima do Imposto de Renda cairia de 27,5% para 25%. A equipe
econômica e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, logo trataram de
desmentir o presidente.
Porém, Bolsonaro não deve voltar a comentar assuntos econômicos, ficando
a cargo do ministro Paulo Guedes. “A expectativa é de que esses ruídos de
comunicação do governo se tornem menos frequentes daqui para frente, com
Bolsonaro falando menos sobre economia”, avalia o economista-chefe da
SulAmérica Investimentos, Newton Rosa. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 05/06/2025 09:30