Porto Alegre, 19 de outubro de 2021 – O dólar continua em forte alta.
Apesar das incertezas externas, o câmbio nesta terça é influenciado pelo
risco fiscal que persiste há meses no cenário doméstico, com indefinições
como a prorrogação do Auxílio Emergencial, criação do Auxílio Brasil e
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios.
Por volta das 14h29 (horário de Brasília), o dólar comercial subia
0,76%, cotado a R$ 5,5620 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda
norte-americana com vencimento em novembro de 2021 avançava 0,84%, cotado a R$
5.572,00.
Para o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, “o Auxílio
Emergencial está chegando ao fim – assim como o Auxílio Brasil está para
começar -, mas é necessária uma contrapartida fiscal permanente. E isso está
travado no Senado”. Na visão do economista, a equipe econômica é contra
este movimento do governo, o que aumenta ainda mais as incertezas para 2022.
“Enquanto continuar esta situação, essa falta de visibilidade, é
inevitável que haja um reflexo no câmbio”, pondera Beyruti, que alerta que
com a chegada do final do ano, as incertezas sobre a PEC dos Precatórios e
reforma do imposto de renda “só aumentam”.
Beyruti acredita que o governo tem interesse na continuidade do auxílio
devido à grande rejeição do eleitorado: “É a maior (rejeição) em um ano
que antecede as eleições”, pontua.
De acordo com o boletim matinal da Correparti, “em Brasília o clima é
tenso, com a ala política e aliados pressionando a equipe econômica para tocar
a agenda eleitoral, enquanto (o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur)
Lira já questiona a prevalência do teto de gastos em detrimento à
população”.
É exatamente essa falta de comprometimento do governo com os gastos
públicos que preocupa os mercados: “O aprofundamento dos riscos fiscais tem
impacto direto sobre o dólar e consequentemente sobre a inflação”, analisa a
Correparti. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 31/07/2025 11:10