Porto Alegre, 30 de março de 2015 – O dólar comercial opera em alta
ante o real, influenciado pelo movimento global de valorização da divisa
norte-americana após novos dados econômicos sugerirem o fortalecimento da
economia dos Estados Unidos. No cenário interno, atritos entre a presidente da
República, Dilma Rousseff, e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, podem
contribuir para o ambiente de aversão ao risco.
“Hoje, estamos acompanhando o cenário externo. O movimento de de alta
do dólar aqui no Brasil está mais ou menos em linha com o dos principais
mercados. Tivemos a divulgação de um dado forte sobre a venda de imóveis nos
Estados Unidos, o que fortalece o dólar”, diz Reginaldo Galhardo, gerente de
câmbio da Treviso Corretora de Câmbio.
O Indice de Vendas Pendentes de Imóveis Residenciais dos Estados Unidos
subiu 3,1% em fevereiro ante janeiro, para 106,9 pontos – maior nível desde
junho de 2013 -, segundo dados da Associação Nacional dos Corretores de
Imóveis. Na comparação com fevereiro de 2014, quando a leitura apontou 95,4
pontos, o índice teve alta de 12%.
“Qualquer dado norte-americano mais forte que o esperado mostra que a
economia do país segue respondendo bem aos incentivos. Isso influencia a
política monetária dos Estados Unidos e a decisão do Fed em relação à alta
dos juros no país, que pode ser antecipada”, afirma Galhardo.
Internamente, o comentário do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, de que
o governo da presidente Dilma Rousseff “tem um desejo genuíno de acertar as
coisas, às vezes, não da maneira mais fácil” durante palestra na
Universidade de Chicago também coopera para que o investidor assuma uma postura
cautelosa.
“É mais do mesmo por aqui. Não tem nenhum fato muito fora da curva. A
declaração do Levy ocorreu dentro de um contexto específico, não uma
crítica aberta. O mercado repercute, mas creio que se trata de um fato de menor
relevância”, afirma Fernando Bergallo, gerente de câmbio da TOV Corretora.
Às 14h25 (horário de Brasília), o dólar comercial operava em
estabilidade, cotado a R$ 3,2410 para venda. O contrato com vencimento em abril
permanecia estável, a R$ 3.252,50. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 17/04/2025
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R$ 1.883,33Casquinha de soja à vista tonelada
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Atualizado em: 24/04/2025 09:50