CÂMBIO: Dólar oscila à espera de votação destaques e avanços na Previdência

Porto Alegre, 12 de julho de 2019 – O dólar comercial oscila sem rumo
único desde a abertura dos negócios com investidores locais atentos aos
avanços da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados que, agora, analisa
e vota os destaques do texto que preveem mudanças no texto-base. Ainda faltam
oito destaques a serem votados antes de votar a pauta em segundo turno, o que se
tornou um desafio já que o recesso parlamentar começa na próxima semana.

Às 10h07 (de Brasília), a moeda norte-americana tinha leve queda de 0,07%
no mercado à vista, cotada a R$ 3,7490 para venda, enquanto o contrato para
agosto caía 0,22%, a R$ 3,7540. Lá fora, o Dollar Index operava estável, aos
97,050 pontos.

Apesar da expressiva aprovação em primeiro turno do texto-base da reforma
da Previdência, parlamentares dão andamento às análises dos destaques que
propõem mudanças nas regras previdenciárias, o que prevê atraso na votação
da matéria em segundo turno, podendo ficar para depois do recesso parlamentar,
em agosto.

“O cronograma está apertado. A possibilidade de a questão dos destaques
não ser resolvida hoje é real. Caso aconteça, restará apenas três dias para
realizar a segunda rodada de votos antes do recesso [a partir do dia 18],
estendendo a indefinição na Câmara até o início de agosto”, comenta o
economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti.

Para a equipe econômica da H.Commcor, os destaques aprovados não mostram
uma grande desidratação da reforma, de tal forma que as estimativas apontam
uma economia total de aproximadamente R$ 900 bilhões até o fim da aprovação
de todos os pontos, como a redução da idade mínima dos professores.

Lá fora, prevalece a percepção otimista de que os depoimentos do
presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome
Powell, na Câmara dos Deputados e no Senado dos Estados Unidos, reforçaram as
chances de ocorrer um corte da taxa básica de juros na próxima reunião de
política monetária, no fim deste mês, ressalta o economista-chefe da
SulAmérica Investimentos, Newton Rosa. Com informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2019 – Grupo CMA