CÂMBIO: Dólar oscila após abrir cotado em R$ 4,00 seguindo exterior

São Paulo, 25 de abril de 2019 – O dólar comercial opera com ligeira
queda frente ao real após abrir o pregão cotado a R$ 4,00 influenciado mais
uma vez pelo exterior, onde a moeda norte-americana ganha terreno frente às
divisas pares e de países emergentes. Segundo analistas, a percepção de que a
economia dos Estados Unidos se fortalece na contramão de outras economias
explica o movimento altista do dólar.

Às 10h01 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em leve queda de
0,02% no mercado à vista, negociada a R$ 3,9860 para venda, depois de oscilar
entre mínima de R$ 3,9850 (-0,05%) e máxima de R$ 4,0070 (+0,50%). No mercado
futuro, o contrato para maio caía 0,17%, acima de R$ 3,9870. Lá fora, o Dollar
Index tinha alta de 0,10%, aos 98,278 pontos. Entre as principais moedas de
países emergentes, todas se desvalorizam ante o dólar.

Para analistas, o grande “driver” para o fortalecimento da moeda
estrangeira no exterior é o sentimento de desaceleração da economia global,
mas com os Estados Unidos na contramão. “As manchetes começam a apontar de
forma isolada a força da economia norte-americana. Isso tem sido o gatilho para
esses movimentos enquanto o movimento no resto do mundo tem sido de aversão”,
comenta a equipe econômica da H.Commcor.

“As preocupações acerca de uma desaceleração da atividade global
continuam no radar. Em meio à divulgação de dados de atividade mais fracos ao
longo desta semana [como na Alemanha] e com a sinalização do governo da China
de redução de estímulos à economia local”, avalia a equipe econômica do
Bradesco.

Já o diretor de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, acredita que um
contraponto que possa aliviar o movimento de alta no mercado doméstico é o
anúncio feito pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ontem à
noite em entrevista ao canal Globo News, de que a comissão especial da reforma
da Previdência será instalada hoje. “O certo de tudo isso é que a rainha
volatilidade prosseguirá comandando o nosso mercado de câmbio”, diz.

As informações são da agência CMA.

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