Porto Alegre, 23 de janeiro de 2020 – O dólar comercial oscila em queda
frente ao real, após abrir em alta, com os mercados novamente cautelosos em
meio ao avanço do coronavírus na China. Investidores monitoram os potenciais
impactos da desconhecida doença que já infectou quase 600 pessoas no país
asiático. Aqui, o mercado calibra as apostas sobre um possível corte da taxa
básica de juros (Selic) no mês que vem após o resultado da prévia da
inflação, ligeiramente acima do esperado, enquanto monitoram fluxos que
refletem em quedas pontuais.
Às 10h08 (de Brasília), a moeda norte-americana oscilava com leve queda
de 0,09% no mercado à vista, cotada a R$ 4,1720 para venda, enquanto o contrato
para fevereiro caía 0,25%, a R$ 4,1735. Lá fora, o Dollar Index operava com
ligeira alta de 0,02%, aos 97,548 pontos.
“As preocupações com a disseminação do coronavírus da China para
outros países, ameaçando o crescimento da economia mundial, alimentam a
aversão ao risco nos mercados”, comenta o economista-chefe da SulaAmérica
Investimentos, Newton Rosa.
O analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, acrescenta que as
notícias de que subiu para 571 o número de infectados pelo novo vírus e já
deixou 17 mortes volta a assombrar o mundo, as vésperas do feriado do ano novo
chinês, que dura uma semana. O feriado reflete na circulação de milhões de
pessoas pelo país, o que aumenta o temor em torno da doença.
Três cidades foram colocadas em quarentena, incluindo Wuhan – onde surgiu
o vírus – na tentativa de conter o coronavírus, que se espalha rapidamente
pela China e já infectou pessoas de outros países, como os Estados Unidos onde
há um caso confirmado. No Brasil, há uma suspeita da doença em Belo
Horizonte.
Apesar do temor global, a moeda estrangeira mudou o sinal no mercado
doméstico atenta ao fluxo de entrada, comenta a economista-chefe de uma
corretora de investimentos. “Estão aproveitando que tem alguns fluxos por
conta de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês)
previstos e investidores estão antecipando esse fluxo desde ontem”, avalia.
Aqui, o IPCA-15, dado que é a prévia da inflação oficial do mês, subiu
0,71% em base mensal, desacelerando-se em relação a à alta de 1,05%
registrada em dezembro. O dado ficou ligeiramente acima da projeção de alta de
0,70%, conforme o Termômetro CMA. Investidores calibram o resultado com a
decisão de política monetária do Banco Central no mês que vem. O mercado se
divide nas apostas entre manutenção da taxa de juros ou mais um corte, de 0,25
ponto percentual. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
Dados referentes a semana 30/04/2025
Suíno Independente kg vivo
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R$ 1.836,67Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 72,23Preço base - Integração
Atualizado em: 29/04/2025 09:50