Porto Alegre, 14 de maio de 2019 – O dólar comercial opera sem direção
definida frente ao real desde a abertura dos negócios com viés de correção
após a forte alta ontem, atenta às notícias da política local. Lá fora, o
cenário é de busca por recuperação após as recentes perdas no mercado de
ações e por moedas de países emergentes.
Às 10h12 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,15%
no mercado à vista, negociada a R$ 3,9850 para venda, depois de oscilar entre
mínima de R$ 3,9790 (0,00%) e máxima de R$ 3,9960 (+0,43%). No mercado futuro,
o contrato para junho tinha queda de 0,32%, a R$ 3,9910. Lá fora, o Dollar
Index subia 0,15%, aos 97,463 pontos. Entre as divisas emergentes, praticamente
todas as principais se valorizavam frente ao dólar.
Apesar da busca por recuperação após as perdas recentes no exterior,
influenciadas pela guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, os
investidores seguem atentos aos desdobramentos dessa disputa. Ontem, a China
anunciou que aplicará tarifas de até 25% sobre US$ 60 bilhões em produtos
norte-americanos a partir de junho.
Mais tarde, o presidente norte-americano, Donald Trump, declarou que as
negociações com o país asiático devem durar mais três ou quatro semanas.
Enquanto isso, o Escritório de Representação Comercial dos Estados Unidos
iniciou ontem o processo formal para adotar novas taxas a cerca de US$ 300
bilhões em bens chineses. Trump deve se encontrar com o presidente da China, Xi
Jinping, no mês que vem durante o encontro do G-20.
Para a equipe econômica da H.Commcor , o movimento é “muito mais de
correção técnica do que otimismo do mercado”. O diretor da Correparti,
Ricardo Gomes, destaca que o prolongamento das discussões em torno do acordo
comercial e as ameaças recíprocas tiram o sono dos investidores mundo afora.
Por aqui, a decisão da justiça brasileira pelas quebras de sigilos
bancários do senador Flavio Bolsonaro (PSL-RJ) e do ex-assessor Fabrício
Queiroz, associada a contundência das informações contidas no acordo de
delação do empresário Henrique Constantino, um dos donos da companhia aérea
Gol, tem potencial para manter os mercados na defensiva, ressalta Gomes.
Constantino cita políticos do MDB como o ex-presidente Michel Temer e o
presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (MDB-RJ) em esquema de
propina. Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45