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CÂMBIO: Dólar reduz queda digerindo alta Selic e política de juros nos EUA

18 de março de 2021
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Porto Alegre, 18 de março de 2021 – Após cair quase 2%, o dólar
comercial reduziu as perdas acompanhando o exterior, mas ainda reage à decisão
do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que ontem
subiu a taxa básica de juros (Selic) pela primeira vez desde 2015 e surpreendeu
o mercado ao elevar em 0,75 ponto percentual (pp), a 2,75% ao ano, em meio à
aposta majoritária de alta de 0,50 pp. No tão aguardado comunicado, o Copom
sinalizou que deverá repetir a magnitude da alta na próxima reunião, em maio.

Às 10h01 (de Brasília), a moeda norte-americana recuava 0,57% no mercado
à vista, cotada a R$ 5,5540 para venda, enquanto o contrato futuro com
vencimento em abril tinha queda de 0,50%, a R$ 5,5590. Lá fora, o Dollar Index
subia 0,34%, aos 91,750 pontos, acompanhando a forte alta dos rendimentos das
taxas futuras de juros dos títulos do governo norte-americano, com o vencimento
de 10 anos (T-Note) operando a 1,74%.

O diretor da Amplla Assessoria em Câmbio, Alessandro Faganello, vê a
decisão do Copom como “ousada” ao promover um corte acima do esperado pelo
mercado, enquanto o operador da corretora Commcor, Cleber Alessie, destaca que a
autoridade monetária “surpreendeu boa parcela do mercado” com a magnitude da
alta.

“Entre os investidores, parece predominar que o Copom surpreendeu de forma
ligeiramente mais ‘hawkish’ [dura] com o objetivo de garantir, ou ao menos
tentar, a inflação ao fim deste ano dentro do intervalo da meta de 3,75% [com
tolerância de 1,5 ponto percentual], não sendo descartada uma leitura de que a
autoridade monetária também buscou garantir alguma resiliência adicional ao
real”, avalia.

O economista da Tendências Consultoria, Silvio Campos, destaca que o tão
aguardado” comunicado trouxe “pistas importantes” para as próximas
reuniões. “Enquanto o texto já indicou uma nova alta de 0,75 pp em maio, a
afirmação de que estamos diante de um processo de ‘normalização parcial’
da Selic deve conter visões excessivamente agressivas com relação à
magnitude da alta total dos juros esperada para este ano, considerando,
adicionalmente, o quadro de amplas incertezas internas e externas presentes no
radar dos próximos meses”, acrescenta.

Ontem, teve também a decisão de política monetária do Federal Reserve
(Fed, o banco central norte-americano) no qual foi mantida a taxa de juro na
faixa entre zero e 0,25% e indicação de que seguirá em patamares baixos até
2023.

“O Fed sinalizou juro baixo por um longo período, para suportar a
recuperação da atividade econômica norte-americana. Sem muitas mudanças na
comunicação, eles reafirmaram que a política monetária permanecerá
estimulativa até que um progresso substancial em direção às metas de
inflação e de emprego seja obtido”, ressaltam os economistas do Bradesco. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

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