Porto Alegre, 17 de março de 2015 – O dólar comercial opera em alta
influenciado, ainda, pelas incertezas políticas no País e pela expectativa com
a decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc,
na sigla em inglês) do Federal Reserve.
No mercado de juros, as taxas com vencimento no longo prazo operam em
queda com a interpretação de investidores de que o Banco Central (BC) terá de
reduzir taxas no longo prazo.
“O mercado está atento com o que pode sair no Fed. Clima político
gerando volatilidade e certo exagero para o lado da alta”, comenta Flávio
Serrano, economista-sênior do Banco Espírito Santo de Investimento (BESI).
Na visão de Paulo Petrassi, chefe de renda fixa da Leme Investimentos,
as falas de ontem da presidente Dilma Rousseff também corroboraram para a alta
vista no mercado hoje.
“Mercado reagindo à fala da Dilma. Foi ruim novamente. E o cenário é
ruim de maneira geral para o dólar, levando em conta o cenário externo”, diz
Petrassi.
Ontem, a presidente declarou que o governo possui responsabilidade sobre
a estabilidade da economia e vai prosseguir com as medidas de ajuste fiscal
pretendidas.
“Vamos fazer os ajustes necessários dialogando com todos numa posição
de humildade, mas com firmeza para chegarmos a um bom resultado. Não tenham
dúvidas de que esses ajustes serão realizados na defesa de todos os
brasileiros”, afirmou a presidente durante discurso de sanção do novo Código
de Processo Civil.
“Mercado está acreditando que se fará necessário um ajuste mais forte
no curto prazo pelo Banco Central, o que pode aliviar no longo prazo”, comenta
Petrassi. Para Serrano, as taxas retraem no longo prazo porque “há muito
prêmio no curto prazo”.
Por volta das 14h30 (de Brasília), o dólar comercial subia 0,70% ante o
real, cotado a R$ 3,2690 na venda. E o contrato com vencimento em abril subia
0,47%, a R$ 3.279,000. As informações partem da Agência CMA.
Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras
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Cotação semanal
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Atualizado em: 17/06/2025 09:45