Porto Alegre, 27 de junho de 2019 – O dólar comercial opera em alta frente
ao real influenciado pela cautela que prevalece no exterior em meio ao início
da reunião do G-20 no Japão, com expectativa para o encontro entre os
presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, no
sábado, à espera de um acordo comercial entre os países. Aqui, o adiamento da
votação da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos
Deputados para julho gera mau humor.
Às 9h54 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,25%
no mercado à vista, cotada a R$ 3,8580 para venda, depois de oscilar na mínima
de R$ 3,8570 (+0,23%) e máxima de R$ 3,8690 (+0,54%). O contrato futuro para
julho subia 0,37%, a R$ 3,8580. Lá fora, o Dollar Index operava praticamente
estável (+0,02%), aos 96,233 pontos. Entre as principais moedas de países
emergentes, o movimento era de valorização frente ao dólar.
O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, chama a
atenção, porém, para as declarações de Trump ontem voltando a ameaçar a
imposição de tarifas sobre a China, caso não haja acordo, além de outros
países, como a India e o Vietnã, indicando que a guerra comercial deve
prosseguir.
No cenário doméstico, a reforma da Previdência tende a seguir
incomodando o mercado, “limitando o rali expressivo dos ativos locais”, diz a
equipe econômica da H.Commcor, com a nova postergação de data para a
votação do parecer final da proposta na comissão especial, aguardada para
hoje, mas “rolada” para a semana que vem.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), argumenta que o impasse
segue no âmbito dos estados e municípios no texto, sendo intensa a agenda de
negociações entre líderes. O economista-chefe da Infinity, Jason Vieira,
reforça que a “pressão do Centrão” que levou a Câmara a adiar a reunião
de comissão da Previdência. No início da semana, o líder do Partido
Progressista (PP) na Câmara, Arthur Lira, declarou que a sigla era contra
votação nesta semana por “não atender demandas” feita por eles.
Hoje foi divulgado o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) pelo Banco
Central, que voltou a reforçar a evolução de cenário e balanço de riscos
como pontos importantes para um afrouxamento monetário. O mercado segue
apostando em queda da taxa básicas de juros (Selic) nos próximos meses, saindo
dos atuais 6,50% ao ano. “Como já fora explicitado na ata do Copom [Comitê
de Política Monetária do BC], eventuais cortes na Selic devem vir na esteira
da aprovação da reforma da Previdência”, diz a equipe da H.Commcor. Com
informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
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Atualizado em: 26/06/2025 13:30