CÂMBIO: Dólar sobe com aversão ao risco global e tensão política

São Paulo, 16 de junho de 2016 – Após um pregão marcado pela
volatilidade, depois de o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, citar o
presidente interino Michel Temer em delação premiada e o banco central
norte-americano manter a taxa de juros, o dólar opera hoje com alta de 0,80%,
cotado a R$ 3,4960, motivado pelo aumento da aversão ao risco no exterior e
pelo clima de tensão na política nacional.

“Lá fora o dólar ganha da maioria das moedas emergentes e a aversão ao
risco volta a prevalecer, principalmente a uma semana do plebiscito que poderá
mudar o futuro dos britânicos. Aqui, além de acompanhar o exterior, a tensão
política volta a prevalecer, com denúncias da Lava Jato envolvendo o
presidente em exercício Michel Temer”, analisou Guilherme França Esquelbek,
operador de câmbio da Correparti.

Newton Rosa, economista-chefe da SulAmerica Investimentos, afirmou que as
reuniões de política monetária realizadas pelo Federal Reserva e pelo Banco
do Japão (BoJ) frustraram os agentes econômicos, realimentando os temores
quanto ao enfraquecimento da economia global, dando bases para uma forte
aversão ao risco nos negócios de hoje.

“No mercado de commodities, os preços do petróleo recuam após o
Departamento de Energia dos Estados Unidos reportar queda nos estoques do
produto menor que o estimado pelos analistas. Como agravante, no ambiente
interno a tensão política volta a pressionar”, concluiu Rosa.

As informações são da agência CMA.

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