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CÂMBIO: Dólar sobe com aversão ao risco no exterior, atento à Previdência

8 de fevereiro de 2019
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Porto Alegre, 8 de fevereiro de 2019 – O dólar comercial abriu sem
direção definida frente ao real em sessão de aversão ao risco que volta a
tomar conta dos mercados diante de temores com o andamento das negociações
comerciais entre os Estados Unidos e a China, além de novos sinais de
desaceleração da economia global. No cenário doméstico, o quadro de saúde
do presidente Jair Bolsonaro preocupa investidores por sinalizar mais atrasos
nos trâmites da reforma da Previdência.

Às 10h05 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,29%
no mercado à vista, cotada a R$ 3,7240 para venda, depois de oscilar na mínima
de R$ 3,7040 (-0,21%) e máxima de R$ 3,7290 (+0,46%). No mercado futuro, o
contrato para março subia 0,16%, ao redor de R$ 3,73. Lá fora, o Dollar Index
tinha leve alta de 0,05%, aos 96,553 pontos.

Lá fora, os temores quanto à desaceleração da economia global e os
impasses nas negociações entre Estados Unidos e China tomam conta dos mercados
hoje em mais uma sessão de aversão ao risco.

O diretor da Correparti, Ricardo Gomes, ressalta as dúvidas sobre a
“capacidade” de norte-americanos e chineses chegarem a um acordo em tempo
hábil aumentaram após as declarações ontem do diretor do Conselho Econômico
Nacional da Casa Branca, Larry Kudlow, de que “há uma distância
considerável” entre os dois países. Em primeiro de março “vence” o prazo
acordado suspendendo a cobrança de tarifas sobre produtos dos países. Sem
acordo, os Estados Unidos aumentarão as tarifas de 10% para 25% sobre US$ 200
bilhões de bens.

Ontem, próximo ao fechamento das negociações no mercado spot, o boletim
médico do presidente Bolsonaro apontando quadro de “leve” pneumonia preocupou
investidores, o que levou o dólar no mercado futuro a subir mais de 1%, acima
de R$ 3,74. Segundo o porta-voz da Presidência, Bolsonaro deve ficar mais cinco
ou sete dias internado.

“Assusta os investidores por conta dos prazos em relação à reforma da
Previdência. Os investidores já haviam criado uma expectativa ansiosa sobre os
prazos de votação, talvez influenciados pela igual ansiedade de Paulo Guedes.
Porém, o próprio ministro da economia tem adequado seu ponto de vista à
realidade política, com expectativas mais críveis sobre a discussão e
votação da pauta”, avalia o economista-chefe da Infinity, Jason Vieira. Com
informações da Agência CMA.

Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS

Copyright 2019 – Grupo CMA

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