Porto Alegre, 29 de novembro de 2018 – O dólar comercial abriu em alta em
relação ao real, descolando-se do exterior, onde o dólar perde para as
principais moedas de países emergentes. Segundo analistas, em movimento pela
formação de preço da taxa Ptax de fim de mês, amanhã. Hoje o Banco Central
(BC) realizará leilão de linha – venda de dólar com compromisso de recompra –
de até US$ 1,25 bilhão previsto para duas etapas.
Às 10h10 (de Brasília), a moeda norte-americana operava em alta de 0,70%,
negociada a R$ 3,8700 para venda, já tendo oscilado entre mínima de R$ 3,8440
(+0,02%) e máxima de R$ 3,8750 (+0,83%). No mercado futuro, o contrato para
dezembro tem alta de 0,48%, a R$ 3,868. Lá fora, o Dollar Index subia 0,14%,
aos 96,922 pontos. Entre as moedas de países emergentes, a maioria se valoriza
ante o dólar com destaque para a lira turca, que sobe mais de 1%.
“Não há nada que justifique esse descolamento. Certamente, já é a
briga pela formação da taxa Ptax amanhã, que sempre começa na véspera”,
comenta o diretor da Correparti, Ricardo Gomes. Ainda no mercado local, ele
acrescenta que o adiamento da votação do projeto de lei da cessão onerosa
não faz preço “por há estar prevista a falta de acordo no Senado”.
Ontem, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou que falta
entendimento entre a Casa e o governo de transição quanto à partilha de parte
dos recursos do leilão do pré-sal entre Estados e municípios. Segundo ele, o
projeto será votado na terça-feira da semana que vem.
Segundo a equipe econômica da H.Commcor, investidores seguem em uma
“linha tênue entre o frágil otimismo” e a cautela, especialmente fiscal,
observando uma interminável negociação para a votação da cessão onerosa e
já conscientes que uma eventual reforma da Previdência fica para o próximo
governo.
Lá fora, após o discurso “dovish” (suave) de Jerome Powell, presidente
do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), sobre o aperto
monetário do juro básico nos Estados Unidos, o ambiente é mais positivo entre
as moedas emergentes. O mercado aguarda a divulgação dos dados de renda,
gastos pessoais e pedidos de seguro-desemprego no país, que podem trazer novas
leituras quanto à pressão inflacionária da economia norte-americana.
Com informações da Agência CMA.
Revisão: Arno Baasch (arno@safras.com.br) / Agência SAFRAS
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Cotação semanal
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R$ 1.725,00Casquinha de soja à vista tonelada
R$ 1.200,00Milho Saca
R$ 67,50Preço base - Integração
Atualizado em: 05/06/2025 09:30