CÂMBIO: Dólar sobe e taxas dos DIs mantêm queda após comunicado/BC

Porto Alegre, 19 de janeiro de 2016 – O dólar comercial opera com pequena
valorização ante o real refletindo o descontentamento dos investidores
estrangeiros com a ausência de novos estímulos para a economia chinesa. Após
os indicadores mostrarem desaceleração em 2015, especulava-se que o banco
central do país poderia anunciar uma rodada de estímulos, fator que contribuiu
para euforia nos mercados mundiais no período da manhã.

“Diante da incerteza sobre o anúncio desses estímulos, prevalecem às
preocupações dos investidores com a desaceleração da economia e a tendência
de que os dados da produção indústria tenham crescimento menor a cada
mês”, afirmou o sócio-consultor da Bifulco Associados, Carlos Alberto
Bifulco. Às 14h55 (de Brasília), o dólar comercial subia 0,17%, a R$ 4,0420
para venda. No mercado futuro, os contratos com vencimento em fevereiro tinham
ligeira alta de 0,02%, a R$ 4.055,000.

No mercado de juros futuros, as taxas dos papéis mais líquidos devolvem
parte dos prêmios das últimas semanas. Segundo o operador de renda fixa da
Renascença Corretora, Luís Felipe Laudísio, os DIs mais curtos têm
devolução mais intensa após a nota do presidente do Banco Central, Alexandre
Tombini, hoje, sinalizando que a revisão das projeções do Fundo Monetário
Internacional (FMI) para a economia brasileira neste e no próximo ano é
“significativa”.

Com o “Tombini indicando que pode ser mais suave, diminuíram [as apostas de
aperto da Selic em janeiro] para entre 0,25 e 0,50 ponto percentual”. Segundo
Laudísio, além dessa redução, o mercado também está “reduzindo forte” as
chances de continuidade do ciclo de aperto monetário nos primeiros meses de
2016. Como consequência, “a curva segue empinando” nos vértices mais longos.
As informações partem da Agência CMA.

Revisão: Carine Lopes (carine@safras.com.br) / Agência Safras

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